Blue Velvet

quinta-feira, setembro 30, 2004

O Culto da Aldrabice

Tem-se falado muito da evasão fiscal, da injustiça do IRS, pois penaliza a classe média, enquanto os trabalhadores por conta de outrem fogem facilmente aos impostos, e de outros assuntos relacionados. É claro que é suposto ninguém fugir aos impostos, tal como é suposto ninguém ultrapassar os 120 na auto estrada, ninguém beber enquanto conduz, ninguém falsificar boxs da TV Cabo, ninguém estacionar em cima do passeio, etc, etc, etc …
Mas reparem nisto! Toda a gente se queixa da cultura do facilitismo, da falta de civismo dos portugueses, que somos uns aldrabões, calaceiros, intrujões e vigaristas do pior. Mas já repararam no culto do intruja que se faz na televisão portuguesa? Atentem nas séries portuguesas dos últimos anos e reparem bem. O pior é que muitas delas são grandes produções da televisão pública, pagas com os impostos que eles incentivam a fugir com estas odes ao aldrabão! Vamos então ver do que eu estou a falar:

Dona Branca – Esta ilustre senhora teve honras de horário de quase nobre, com uma telenovela com os melhores actores portugueses (ou talvez não). A própria Dona Branca era encarnada pela diva do teatro português, Eunice Muñoz. Esta senhora era uma vigarista da pior espécie, que emprestava dinheiro que não tinha e mais não sei o quê. Ainda me lembro de quando era puto ouvir falar dela nos telejornais. Passados uns anos só mudou o horário.

Maria da Graça – Uma Dona Branca com nível. Intrujou gente por todo o lado. Era jóias, dinheiro e apartamentos. Uma autêntica heroína televisiva! Tem tudo para vingar na televisão e é um exemplo de abnegação e estoicismo na causa aldrabona. Telenovela de horário nobre também para ela, que não deve nada à grisalha Dona Branca. É bonita e a história até mete sexo!

Alves dos Reis – Este homem é um senhor! Isto sim é um vigarista como os que já não se fazem. Este mestre da aldrabice não fugiu propriamente aos impostos. Para quê fazer dinheiro assim? Ele fez o seu próprio dinheiro montando uma casa da moeda na sua própria residência. Mais uma grande produção de grande qualidade, com a chancela desse grande inspector da judiciária/escritor de novelas, o senhor Moita Flores.

Capitão Roby – Temos agora um intrujão de grande lábia, resposta pronta e brilhantina. Este homem enganava mulheres à grande, casava com quantas lhe apetecia, roubava-as, gozava com elas e ainda dizia que era amor! Mais um grande vigarista retratado em horário nobre na nossa televisão. Mas querem mais?

Há um que é o melhor deles todos. A classe, o glamour, a mentira, a sua detenção com tiques de hollywood… A detenção até foi nos EUA. E depois a lata desse animal! Não só foi feita uma série em jeito de documentário, como foi o próprio aldrabão em carne e osso a encarnar a sua própria pele e comentando os acontecimentos! Já sabem de quem estou a falar? Pois é! Pedro Caldeira! Esse tipo perdeu milhões na bolsa com o dinheiro dos outros, e pôs-se a andar para os EUA com o resto do guito. E vem em jeito de movie star, de gel no cabelo e a fuma cigarrilha contar como embarrilou uma série de pessoas.

E assim a televisão passa a mensagem subliminar aos portugueses - “Para se safarem neste país têm que se fazer à vida! Não há cá cursos superiores, trabalhinho e pagar impostos! Aqui só se safa quem aldraba!”. É este o papel de serviço público que as televisões nos prestam. Com as criancinhas analfabetas, mas a saberem desde pequeninas como passar um cheque careca, como abusar da confiança, como trocar um pacote rebuçados e dois toblerones por um punhado de tremoços, como tirar “emprestados” 5 euros da mãe dia sim dia não, e etc. Podia ser pior.

Não Me Querendo Meter, Mas Metendo-me Já Um Bocadinho ...

Neste blog não queria meter-me em questões políticas, ou futebol, ou outras questões desse género. Queria que fosse um espaço de recreação, onde me divertisse a escrever uns textos, e pudesse divertir os outros. Mas pronto, teve que ser… E para non sense a política tem características únicas.
Vai hoje a concelho de ministros a aprovação da cobrança de portagens nas SCUTS, as auto-estradas sem custos para os utentes. E assim se vai penalizando os portugueses pela inépcia dos incompetentes que têm passado pelo governo.
Vamos ver uma coisa. Há milhares de pessoas a utilizar as SCUTS diariamente por extrema necessidade. Eu trabalho a 30 quilómetros do Porto e utilizo todos os dias o IC1 para poupar alguns Euros. Usando a auto-estrada para todo o percurso, gasto 46 Euros por mês em portagens, o que é algum dinheiro. E é um percurso que tenho que fazer obrigatoriamente. Em situações bem piores estão milhares de pessoas.
Depois de dois anos de salários congelados, os aumentos ficam aquém das expectativas, fazendo com que os portugueses ganhem cada vez menos em relação aos preços das coisas e aos seus parceiros europeus. Os aumentos para serem reais, têm que ser superiores à inflação. Se os salários congelados estes dois anos não forem compensados agora pelas inflações dos últimos dois anos, mais a inflação prevista para 2005, então é claro que cada vez mais vamos perdendo poder de compra. Ao mesmo tempo, um tipo que esteve cerca de um ano como director geral da Caixa Geral de Depósitos é afastado, e sai com direito a uma pensão mensal de cerca de 18 mil euros! Isto não é brincar com as pessoas? E pedem que aceitemos constantemente medidas restritivas!
A minha opinião, para quem percebe pouco de economia, é a de que nos últimos anos se tem seguido uma verdadeira política de merceeiro. Assim eu também sou gestor! Vender património e aumentar os valores dos impostos, e controlar os custos (mas não muito) é uma actuação que qualquer merceeiro sabe fazer. Só que um país não é uma merceeria. Ao cortar os movimentos assim ao povo, criando-lhes dificuldades, e acima de tudo acenando com o papão da recessão, estamos a matar um grande motor de uma economia, que é o consumidor. Se o dinheiro não circular, a economia está parada, e assim é impossível recuperar. Vejamos o que fez a França e a Alemanha. Em vez de se fechar no buraco, criou incentivos para as empresas e estimulou a economia para que ela não morresse com a recessão. Aconteceu que o défice ultrapassou o estipulado, mas a economia está a recuperar e em bem melhor posição que a nossa. A desobediência foi perdoada como se esperava, e levou a que os critérios fossem revistos, admitindo-se que eram obtusos. Os idiotas dos bons alunos portugueses, que cumpriram o défice nem que para isso tivessem que vender a própria mãe, continuam na penúria, a continuar a vender património, e agora a cobrar novas portagens… Enfim …
Muitos autarcas, e a maioria deles das cores políticas do governo, já anunciaram que os seus munícipes não vão aceitar pagar as portagens, e que vão protestar. Lembram-se como começou a cair o governo de Cavaco Silva? Pois… com as portagens da ponte 25 de Abril. Será que a história se pode repetir. É provável… Só uma diferença! Este governo já se enterrou bem antes.

quarta-feira, setembro 29, 2004

Somos os maiores

Agora que a tão propalada retoma está aparecer, todos os portugueses começam a fazer contas à vida, e imaginar um tão doce futuro.
É imaginar que somos o Schumacher e o nosso pequeno país o seu Ferrari. E agora com um bocado de potência e habilidade é só carregar no acelarador e é sempre a ultrapassar:
-Adeus Grécia, foi bom conhecer-te.
-Adeus Espanha, para a próxima já aprendeste uma lição:"Sapateiros não governam, só arranjam os sapatos."
-Oi Irlanda estás boa?
E era assim por diante.
Só que agora pergunto:Onde é que aprendemos a conduzir ????

A Shanghai Jiao Tong University, mais uma vez fez um estudo sobre as melhores universidades do planeta. Apresentou o resultado de várias formas. A nível global, por continente, etc...
Pena o estudo não ser sobre as píores porque aí eramos reis e senhores.

domingo, setembro 26, 2004

Venham Ver o Mundo

É domingo, dia do culto do ócio. Nem diria do ócio, mas sim da inércia! É o estado mais próximo da lesma, sem gosma evidentemente. Sem grande imaginação, ou até vontade, para escrever algo de mais elaborado, vou deixar aqui uma sugestão de um site que descobri há algo mais de um mês e que acho muito bom. Pelo menos para quem gosta de fotografia e de viagens como eu. Este site funciona como uma galeria do mundo vista pelas objectivas e comentários dos seus membros e visitantes. A ideia é permitir que haja troca de experiências entre amadores e amantes de fotografia, numa espécie de workshop online, e ao mesmo tempo mostrar os cantos mais bonitos, mais estranhos, mais bizarros, mais característicos ou os que mais nos tocam, do mundo. As fotografias vêm muitas vezes acompanhadas de notas sobre o país, a cidade, o local, a cultura, inserindo-nos no contexto da imagem. Conseguimos ver fotografias dos países, que nem sempre são necessariamente aqueles clássicos que toda gente conhece, dando uma visão mais abrangente. Tem lá muitas de Portugal, assim como milhares do resto do mundo. É uma rede mundial de fotógrafos amadores. Para ver as fotografias não precisam de se inscrever, e podem ver a galeria onde estão as fotos por ordem de entrada, sempre em actualização. Ou então podem procurar por país, por cidade, por assuntos. Se quiserem participar, comentando e pontuando a fotografia, ou então mandando fotografias para lá, têm que se inscrever, o que é simples. Eu também tenho lá algumas em exibição (procurem em bluevelvet). Vão lá, vejam as de Portugal, as dos países que vos atraem, e já agora vejam as minhas. Abraço, vou vegetar mais um bocado.

Link

sábado, setembro 25, 2004

Obrigado Sr.Ministro

Nestes tempos de crise é preciso alguém que percorra o caminho, alguém que nos faça recordar a nossa grandeza mas que ainda queira crescer mais, alguém que não seja só bom na teoria mas excelente na prática. Que bom é ter um Ministro assim. O que disse? Que ainda somos campeões nacionais. O que fez? Deu-nos a vitória, mas mais que tudo alento para ir ganhar a Stanford Bridge. E atenção, que começa aparecer um novo candidato a Presidente das Nações Unidas. O seu nome é simplesmente...Diego.

sexta-feira, setembro 24, 2004

4 Piscas

Lembram-se daquelas séries e filmes de ficção científica? Aquelas naves eram qualquer coisa não eram? Muito espaçosas, muitas luzinhas, e cheias de extras, alguns deles impressionantes. Um dos meus preferidos era aquele que criava uma espécie de escudo magnético em volta de nave, protegendo-a de outras naves, meteoritos, e outras ameaças galácticas. Pois bem, meus amigos … há hoje muita gente que julga que os seus carros possuem essa faculdade. Os quatro piscas são para grande parte dos portugueses um escudo de impunidade contra qualquer situação! Basta vermos as nossas ruas e percebemos isso num instante. Ruas onde quase só passa um carro. O senhor idiota de bigode encosta ligeiramente o carro ao passeio, para, desliga, e lá está … quatro piscas! Não se passa nada. O autocarro quer passar, mais a fila de carros que vem em sentido contrário. Um coro de buzinas a protestar. Estão a protestar porquê? Ele tem os quatro piscas! Está imune! Entretanto dentro da confeitaria… “ – Oh senhor Camelo! Estão ali a buzinar pró seu carro. O autocarro não passa e está a empancar o trânsito todo! – Quero que se foda! Pus quatro piscas! Tire-me mais uma meia de leite e um rissol de vitela. E embrulhe-me uns croissants e uns pasteis de bacalhau. Eu já lá vou. Eles que esperem” É incrível o trânsito que se gera com esta falta de civismo destes energúmenos. Todos os dias, em todas as ruas é a mesma merda! O português tem que parar à porta! Não pode andar 100 metros! Por isso devemos tomar uma atitude. Devia-mos andar com um saco de pedras no carro, daquelas de tamanho médio que cabem bem na mão. Cada vez que tenhamos que abrandar o carro ou parar por causa desses idiotas atirava-mos 2 ou 3 ao passar. Pode ser que resulte. Não sei … estou a ficar sem ideias … mas esta merda tem que acabar.


I'm the foot fuckin' master

Existe sempre a tendência para se fazerem comemorações por tudo e por nada, quando grande parte das vezes estas são quase sempre dispensáveis. No entanto não posso deixar de lembrar que à dez anos atrás apareceu um dos melhores filmes de sempre. Não ando enganado se disser que este filme marcou toda uma geração. Porquê? Simplesmente por tudo. As personagens, os diálogos, a narrativa, a música. Parabéns PULP FICTION. Obrigado Quentin.
Na memória:
-Entrega do relógio
Captain Koons: The way your dad looked at it, this watch was your birthright. He'd be damned if any of the slopes were gonna get their greasy yellow hands on his boy's birthright. So he hid it in the one place he knew he could hide something: his ass. Five long years, he wore this watch up his ass. Then when he died of dysentery, he gave me the watch. I hid this uncomfortable piece of metal up my ass for two years. Then, after seven years, I was sent home to my family. And now, little man, I give the watch to you.
- Ezekiel
Jules: The path of the righteous man is beset on all sides by the inequities of the selfish and the tyranny of evil men. Blessed is he, who in the name of charity and good will, shepherds the weak through the valley of darkness, for he is truly his brother's keeper and the finder of lost children. And I will strike down upon thee with great vengeance and furious anger those who would attempt to poison and destroy my brothers. And you will know my name is the Lord when I lay my vengeance upon thee.

quinta-feira, setembro 23, 2004

É hoje!!

Atenção meninos e meninas! É hoje! Um momento ímpar na história recente do mundo audiovisual! O acontecimento do ano! Uma das melhores séries cómicas de sempre, o incomparável Seinfeld é reposto na SIC Radical! Não percam! Ás 23.00!

Bem, para dizer a verdade o primeiro episódio é um bocado frouxo, mas a partir daqui é sempre a melhorar, com o aumento de protagonismo do alucinado Kramer, o George a ficar cada vez mais lunático e o Jerry a refinar a sua arrogância e a sua mesquinhez. Personagens fabulosas, tão estranhas e excêntricas, e que ao mesmo tempo parece que as conhecemos e revemos algumas das suas situações e atitudes em alguns de nós! Só em algumas!

E já agora posso dizer que finalmente a trupe Seinfeld deu autorização para a edição em DVD dos seus episódios. Os primeiros estão prestes a sair nos EUA, e já disponíveis para pré encomenda (na Barnes & Noble por exemplo). Os episódios têm cerca de 2 minutos a mais do que os que dão na televisão que são cortados para caberem nos horários televisivos. Os DVD’s contam ainda com documentários, cenas cortadas e enganos. Não percam!

Ok … Nota-se muito que eu gosto do Seinfeld?

Avô/Avó

Urge falar, o mais rapidamente possível, sobre a forma como se escreve, em português, as palavras AVÔ e AVÓ. Não sei se alguma vez pensaram neste assunto, mas no meu entender, este caso requer a máxima atenção. Quantas noites, estava eu a dar os primeiros passos na iniciação da escrita portuguesa, fiquei sem sono só de pensar em tão grande berbicacho.
Está mais que provado por A+B (pelo menos na minha cabeça) que o nome dado a um ser humano influenciará a sua vida para todo o sempre. Podem pensar que é paranóia minha, mas para não dizerem que sou apenas um teórico da NOMELOGIA vou dar alguns exemplos práticos. O nome Sandra diz-vos alguma coisa? Mulheres com um apetite devorador que não gostam de comer comida aquecida. Quanto muito podem repetir o prato passado uma semana, mas entretanto já tiveram que comer outros produtos bem diferentes. E o nome Tatiana? Conhecem alguma mulher chamada Tatiana que seja feia? E já agora Vanessa? Nas orelhas, umas argolas roubadas nos jogos olímpicos no final da respectiva competição, devido ao facto de não ter encontrado numa ourivesaria normal um par com um tamanho (na sua opinião) aceitável. Grande parte do ouro armazenado no Fort Knox posto ao pescoço e braços, deixando como é obvio, um bocado para derreter e pôr como talha dourada nos sapatos e em algumas peças de roupa.
Só que chega-se a uma determinada idade, o nome desaparece e passamos a ser o velhinho ou a velhinha, ou então no caso de termos netos, o avô ou a avó. E aqui chegamos ao busílis da questão: QUEM É QUE TEM PILA???
È que se olharmos para a palavra avô, esta tem um acento circunflexo que é uma das pontuações mais abichanadas que existem. Uma coisa flácida, quase a partir que está a cobrir a letra O. Podem-me dizer que se o acento circunflexo está a cobrir é uma pontuação bastante macha, mas se olharmos para a palavra avó e o seu acento viril, sempre em pé, o avô fica sempre a perder.
Não é a toa que nesta altura, devido à mudança da conjectura, a avó é que usa as calças em casa. E é mais que justo porque se começou a usar pila porque razão não há-de começar a dar as ordens em casa, e libertar-se das amarras de toda uma vida a imaginar o que seria mandar.
Sendo assim, é imperioso a comunidade das letras não deixar este debate órfão de filho e filha, assinar um pacto de regime e fazer alguma coisa que inverta esta situação preocupante, que se arrasta à já alguns séculos. Lembrem-se que mais importante que a língua é a dignidade humana. E não há nada mais triste que vermos os reis da selva, para além das muitas maleitas coleccionadas ao longo de uma vida como a impotência (ainda têm que passar a vergonha de ir à farmácia), próstata, pulmões, cérebro, ainda passam a fazer um papel que eles nunca quiseram, mulher. Não é à toa que a esperança de vida das mulheres é superior à dos homens. Imaginem a tristeza que um avô não deve sentir. E só este sentimento chama todas as doenças possíveis e imaginárias para um acampamento lá no burgo.Reformule-se a língua ou então adoptemos outra que não tenha estas paneleirices.

Dia Europeu Sem Carros?

O dia europeu sem carros é como se fizessem o domingo europeu sem futebol. Não se joga ao domingo, joga-se nos outros 6 dias da semana. É um dos dias mais hipócritas do ano. Não tem nexo, é uma iniciativa estéril e sem seguimento, e serve só para dizer "Nós passamos o ano a construir parques de estacionamento na baixa, a melhorar os corredores automóveis, a reduzir o espaço para peões e os espaços verdes, mas hoje preocupamos-nos mesmo muito com vocês! Proibimos a circulação por 12 horas em 5 ruas e uma avenida! Aproveitem bem que é só hoje". E depois o que quer dizer Dia Europeu sem carros? Quer dizer Dia Europeu Com Trânsito Como o Caraças No Resto das Ruas! Porque é aquele tipo de iniciativa feita em cima do joelho, e porque os transportes públicos estão pensados para satisfazer apenas aqueles que não têm outra maneira de se locomoverem. Ou seja, não satisfazem ninguém só que uns têm obrigatoriamente que andar por que não têm outro meio.

Vamos ser justos e reconhecer que se tem tentado agir de algum modo (falo do porto que é o que conheço). Principalmente o Metro veio dar um abanão nos transportes públicos. Agora já vê interacção entre os diferentes tipos de transportes públicos, tenho notado também um aumento interessante das faixas exclusivas para autocarros, e até uma melhoria na frota dos STCP. E agora que tal começar a proporcionar um serviço de excelência, não falhar horários, ter funcionários educados, equipamentos de primeira linha, e preparar aos poucos que o Dia Europeu sem Carros deixe de ser necessário e passemos a ter o Ano Todo Com Poucos Carros. Já sei que alguém me vai escrever aqui "de certeza que pegas no carro por tudo e por nada e queres é que o pessoal comece a andar de autocarro para tu andares à vontade". É verdade que é raro entrar num transporte público, mas porque não tenho alternativas válidas perto de casa, e principalmente para os sítios para onde me desloco. Já estive a viver 6 meses fora de Portugal e tinha carro onde vivia. Os transportes mostravam-se tão atraentes em termos de mobilidade, pontualidade, e ok ... conforto nem por isso... que eu fui gradualmente deixando o carro e andando de transportes públicos. E não havia restrições aos carros no centro.

Penso que era importante tirar os carros do centro da cidade, reduzi-los ao mínimo. Revitalizar a baixa, promovendo a habitação jovem. A maioria das pessoas que conheço adorava ir viver para uma casa recuperada na baixa, mas queixam-se dos preços, da falta de qualidade de vida devido ao trânsito, poluição, desertificação. Enfim ... este é um problema para outras núpcias.

segunda-feira, setembro 20, 2004

Fumem Mas Não Insultem

Hoje tenho que falar de um problema real da nossa sociedade. Estou a falar do tabaco, dos seus malefícios, das campanhas anti tabaco, as restrições cada vez mais duras aos fumadores, e outros assuntos relacionados.
Em primeiro lugar tenho que dizer que não fumo. E o problema começa logo por aí. Eu não gosto nada que me chamem de “fumador passivo”. Mas que raio de designação abichanada é essa? Dá ar que somos uns morcões sentados na mesa de café com cara de parvos, com um tipo em frente a fumar pra cima de nós de propósito e ainda a gozar com a nossa cara, e que no fim apaga o cigarro no meio da nossa testa. E nós ainda lhe pagamos o café! Isto é para mim um fumador passivo. Porque não são eles os “fumadores agressivos” ou os “chaminés com pernas” ou outra designação qualquer (aceitam-se sugestões). O objectivo não é denegrir a imagem deles? Eu não me importo que eles fumem, mas chamarem-me de passivo é que não! Devo bater em toda a gente que fuma à minha volta para mudarem a designação?
Também gosto muito das publicidades a tabaco que vemos nas revistas ou nas máquinas de cigarros. Estou-me a lembrar de repente de um grupo de jovens espadaúdos e moças roliças a disfrutarem do saudável prazer da vida à beira mar, a correrem pela areia molhada, a chapinar poeticamente a água uns para os outros. Quem fuma ali? É o fotógrafo? Não estou a dizer que pessoas bonitas e bem constituídas não fumam, mas o cenário idílico e hipócrita era escusado. Mas há um melhor ainda. Aquele em que um grupo de jovens radicais faz uma escalada, aparecendo o nome da marca num canto. Ok … Mesmo que eles fumem, será aquele o lugar apropriado? “Não há nada melhor que subir 200 metros de escarpa rochosa para fumar um cigarro sossegado! Nada me tirar esse prazer”. O mais provável é o gajo que fuma estar à espera no café a matar uns finos, para depois irem todos jantar. Para mim estas publicidades são no estilo “onde está o Wally?”. Já encontrei pessoas coladas nas máquina de tabaco à procura do fumador. “- Olha, eu acho que está ali entre o arbusto e o lobo de alsácia. – Estás parva! Tenho a certeza que é aquela mancha negra perto da cascata. Ao pé dos canoistas!”
Mas agora sim! Isto vai acabar! Com as frases aterradoras que figuram nos maços de tabaco! “Fumar Mata”!! “Pois é … é chato morrer. Eu não queria. Mas vai ter que ser qualquer dia. Vou fumar mais um pra ver se esqueço”. Deviam partir para a agressividade! Do género “Fumar pode vir a anular-lhe a assinatura da Sport TV e do Sexy Hot”. Era ver os homens a fumar a medo! “Esta semana não fumo! Quero ver o Porto – Benfica no sábado!”. Ou então numa versão mais feminia “Fumar pode tornar a sua pele incompatível com maquilhagem!” ou “Fumar pode provocar celulite”. Isso sim eram medidas preventivas!
Mas devo dizer para terminar que não fumo, mas não tenho nada contra fumadores. Quase todos os meus amigos fumam. E ainda estão vivos!

Calcar ou não Calcar? Eis a questão...

Mulher: Prá proxima vê lá se passas ao lado…
Blue Velvet: Foda-se…Eu não calquei o chapéu…Dei-lhe um pontapé.

sexta-feira, setembro 17, 2004

O Papel da Decoração nas Forças de Segurança e As Doses da Discórdia

Sempre gostei de ver as notícias na televisão referentes a apreensões policiais, rusgas e operações afins. Há sempre aquele momento na reportagem em que vemos o espólio apreendido disposto criteriosamente de uma forma harmoniosa que só barras de haxixe, pacotes de coca, armas, dinheiro e telemóveis conseguem proporcionar. E está tudo apresentado de uma forma pensada, com as facas de mato junto das barras de haxixe, havendo sempre o cuidado de uma das barras estar semi despida de papel aderente e meio partida como nas revistas de culinária estão os bolos cortados para se ver o interior. Os cartões de crédito estão sempre perto dos pacotinhos de coca, e mais uma vez umas gramas do pó branco estão expostas em cima de um papel de prata. Depois temos as armas em fundo com as notas à frente, dispostas por ordem crescente de poder. Par a par encontram-se as baixo calibre com as notas de cinco euros, e vai subindo até a Uzi e a Caçadeira de canos serrados e as notas de 500 euros. Depois há imagens de marca, que sobem de nível conforme a polícia envolvida. As apreensões da Polícia Judiciária têm sempre o distintivo galhardete atrás, em fundo, encostado à parede, notando-se também um maior cuidado na escolha dos atoalhados que forram a mesa, adoptando um estilo sumptuoso. As próprias armas apreendidas e os telemóveis são mais sofisticados, e há sempre a presença de notas de 500 euros e automóveis. As da PSP destacam-se pela discrição e a sobriedade, num estilo mais minimalista, figurando uma discreta menção à PSP, e onde podemos ver armas de todo o tipo, uns atoalhados menos elaborados, e onde as notas de 500 euros aparecem mais dificilmente. Depois temos as apreensões das GNR, que proporcionam de longe as apresentações televisivas mais toscas. É raro apresentarem o emblema da força, o critério da exposição das peças é mais desmazelado, muitas vezes nem sequer há uma toalhinha para tapar o tampo da mesa carunchosa, e os telemóveis apreendidos são já desactualizados, as notas não ultrapassam os 20 euros e as armas são do tempo do John Waine.
Agora fica a pergunta... Quem faz este trabalho de pura decoração? Terão as forças policiais à disposição um(a) decorador(a) de serviço para preparar estas apresentações. Parece que estou a ver um senhor de botins de pele de crocodilo, um blazer muito avant garde e umas calças a fazer conjunto, colete à prova de bala e pistola de alarme, capacete de design, a corres pelos arbustos e blocos de bairros degradados, atrás das forças de intervenção. “Deixem passar o decorador!! Cubram-no!! Disparem mas não acertem nas armas nem nos carros! Se não estragam a apresentação toda!!” E claro que a GNR não possui nenhum, ou então contratou o homem do talho para fazer uns biscates, pois aquelas montras são autêntico trabalho de carniceiro.
E mais uma observação! Nas apreensões começou a ser hábito dizer “foram apreendidas 47.271 doses de haxixe” em vez do anteriormente utilizado “foram aprendidos 325 quilos de haxixe”. Como é que se chega a esse valor? Eu vejo dois caminhos: o estatístico e o científico. No estatístico, a polícia fará questionários anuais a consumidores de referência, pesando mesmo a pedrita do charro que eles enrolam, chegando a um valor médio que dividido pelos quilos das apreensões dará as doses. Já no método científico, será testada em voluntários em laboratório sobre condições controladas, a dose necessária para uma moca aceitável que é encontrada por análises sanguíneas, testes cognitivos e opiniões individuais. Qualquer dos caminhos para mim é falacioso. Poder-se-ia falar do teor de substância activa que seria o mais rigoroso. Porque se é para não ser rigoroso, mais vale dizerem o peso, pouparem em investigações caras pagas pelos contribuintes, e deixarem os rapazes enrolá-los à vontade sem preocupações de doses e meias doses. Até porque o pessoal fuma-os em rodas amigáveis, o que pressupõe outra pergunta. As doses têm em conta o facto de um charro ser fumado por várias pessoas? Então deviam dizer “uma dose dá para cinco pessoas, mas esticadinho chega às seis e fica tudo a rir”. E aí também já se conseguia a distinção dos fornecedores de uma forma mais eficaz. “As doses daquele gajo são mesmo mal servidas! E vem sem mortalhas”.
Aqui ficam interrogações que raramente são postas às forças de segurança e que importa esclarecer rapidamente a bem do rigor.

quinta-feira, setembro 16, 2004

Tapem-me Esses Braços !!

Hoje vou falar do inevitável futebol. Não quero polémicas nem entrar por clubismos. Só queria abordar um tema que começa a impor-se na discussão do futebol internacional. Há uma espécie de lesão crónica, não impeditiva da prática do futebol, que se começa a alastrar pelos jogadores nacionais, assim como já se pode observar a exibir-se pelos relvados além fronteiras. Estou a falar de um tipo de doença cutânea que aparece na face anterior do antebraço, e manifesta-se em grande força no plantel do Benfica, se bem que já vi em outras equipas nacionais e internacionais. Pressupõe-se que seja contagioso, pois começou no Simão e agora já apareceu nos braços incautos de mais alguns jogadores.
Mas que raio de porcaria é aquela que agora todos os jogadores têm nos braços! Basta ver um programa de resumos dos golos dos principais campeonatos da Europa para ver uns poucos. Começo agora a pensar se não pertencerão a uma seita futebolística, e aquilo será a marca de entrada para o grupo. Uma espécie de maçonaria futebolística. O que eu sei é que aquela marca começa a roçar o irritante, para além de ser a prova viva da falta de originalidade e individualidade do vulgar jogador de futebol. "Pô meu irmão! Que negócio maneiro aí no seu braço. Vou botar um igual no meu. Graças a Deus. Vou falar pra galera. Com certeza!" E assim se alastra mais um grave problema que afecta o nosso futebol. Nunca mais vem o inverno para os tipos usarem mangas compridas.


terça-feira, setembro 14, 2004

Seinfeld

Uma semana de blog e já tenho uma branca de criatividade. Isto começa bem! Mas hoje estou muito cansado. Dói-me a cabeça. Aproveito então para um pouco de divulgação cultural, lembrando a quem ainda não sabe que o Seinfeld vai começar a dar para a semana na SIC Radical. Um momento destes é digno de celebrações!

E para quando a reposição dos programas do Vasco Granja e as suas animações Checas?

Link

Nomenclatura dos Ventos

Isto dos ventos tem que se lhe diga. Todos os anos a mesma história. Uma série de furacões, tufões e ventos ciclónicos fazem das suas nas caraíbas e na costa sudeste dos EUA. Eu percebo mais ou menos como eles se formam. O mar quente colide com uma massa de ar frio e mais sei lá o quê, baixas pressões, e vai-se a ver está uma ventania do caraças (antímio, se estiveres a ler isto perdoa-me a imprecisão científica). Mas não percebo uma coisa. Temos mesmo que baptizar os furacões e afins com nomes de pessoas! E com os mais improváveis! Vejo mesmo aqui algo de perverso. Anda agora em grande actividade o furacão Ivan. Qual a palavra que vos surge depois de vociferarem Ivan! Digam sem medo! "O terrível" não é? É mesmo para assustar qualquer um! Já repararam que nunca andaram com nenhum Ivan na escola, nem nenhum mora na vossa rua, nem conhecem ninguém que conheça um? Claro que não! Chamar Ivan a uma criança é passar-lhe um cadastro e um registo criminal à nascença. Ao registar o nome do miúdo o pai deve ter mesmo que assinar um termo de responsabilidade. Se fosse o furacão Snoopy, ou o Tufão Barbarella de certeza que o pessoal relaxava um bocado. E já agora... quem dá estes nomes? Os metereologistas? A protecção civil? Os serviços secretos? "Parece-me que este é um fenómeno tipo Ivan! Se fosse mais violento um bocado podia ser o Átila. Ou o Osama."

sábado, setembro 11, 2004

Sofrimento

Estava a assistir na SIC notícias algumas reportagens acerca do 11 de Setembro. Houve uma no entanto que me chamou atenção. Sobre um álbum de fotografias que se vendem à volta do Ground Zero, as quais mostram os aviões a entrar sem pedir licença.
Acho mórbido. Macabro. Mas ao mesmo tempo admirável.
A vontade de não querer esquecer. De não querer deixar para trás. Preferir sempre ter algo que lembre um momento triste da humanidade. Sofrer. Nem que seja por uns ligeiros instantes.
Eu prefiro tomar a soma e não olhar para trás.
Nós humanos temos um gosto especial pelo sofrimento. Fascinante…

sexta-feira, setembro 10, 2004

Magic Number

Estou a imaginar o seguinte diálogo no parlamento:

Louça: Queria aqui manifestar o meu mais profundo desprezo pela política seguida pelo governo. Fazendo uma comparação com outros governos de direita, olhamos para a Áustria ou então para a Alemanha e constata-se a sua capacidade de diálogo, a sua abertura a novas ideias. Não os vemos a colocar “corvetas” para servirem de babysitter a uma traineira. Eu queria saber do Portas se esta situação se vai manter, e se, ele não acha um descabimento total não deixar entrar no nosso país meia dúzia de rapaziada munida de boa vontade, uns milhares de panfletos, umas centenas de caixas com medicamentos para o aborto, uns gramas de white widow que lhes pedi para me trazerem da Holanda, e claro, a traineira.
B.Bardot: Chico como tu bem sabes, essa rapaziada não pode entrar no nosso país porque violam a lei portuguesa. Se a traineira tivesse um arco-íris na bandeira ainda passava, mas assim…E têm sorte isto não ser uma democracia tão desenvolvida como Cuba senão…Mas o assunto está em segredo de justiça e eu já prometi 69 vezes que não falava mais no assunto. E como tu sabes o 69 is my magic number.

Genesis no Espaço

A cápsula Genesis colocada em órbita para captar e recolher ventos solares (o que quer que isso seja) falhou no regresso a terra. Pelos vistos umas poeiras na atmosfera danificaram o engenho, os pára-quedas não abriram e a cápsula estatelou-se no deserto. Decerto muitas questões científicas se colocarão após este acontecimento. No entanto uma pergunta não pára de me assolar. Será que a cápsula deve o seu nome à conhecida banda pop do não menos conhecido Phil Collins? Eu acho que sim! E é uma homenagem justa. Colocar em órbita os Génesis é uma ideia tão boa que nem eu me lembraria de tal. A medida peca talvez por tardia. Aliás espero que se torne uma tendência a associação do mundo artístico pop-rock ao fenómeno da exploração espacial. Era por exemplo fabuloso recuperar os Europe para tocarem o”Final Countdown” no lançamento da próxima missão a Marte, ou levar o David Bowie à estação MIR para um concerto galáctico numa magnífica performance do “Space Odity”.
Desta feita a missão correu para o torto. A Génesis ficou arruinada pela poeira. Este não é no entanto é um caso único no mundo da música. Temos muitos exemplos por esse mundo fora em que a poeira está associada ao fim de belas carreiras. Acaba por ser um acontecimento com uma carga simbólica. Se bem que neste caso a relação é um bocado injusta. Para este caso penso que o correcto seria de chamar à cápsula Rolling Stone, até pela maneira como aterrou. Parece que rolou muita pedra pelo Arizona.

Segurança nos Aeroportos

Hoje em dia a segurança é a grande preocupação nos aeroportos. E ainda bem que temos alguém que se preocupa em proteger-nos e zelar pela nossa segurança.
Este verão viajei de avião e pude reparar que de facto a segurança é levada a sério. Ainda em Portugal, mais concretamente em Lisboa, assisti ao que pode acontecer se formos de botas de montanhismo, como a turista nórdica que ia à minha frente. O mais provável é termos que passar pelo portal de raio x descalços. Um amigo que ia comigo riu-se da situação, mas muito profissionalmente o senhor que nos esvazia os bolsos e eventualmente nos descalça, explicou que é para o nosso bem e para a nossa segurança. Pareceu-me razoável. Afinal ninguém quer que uma bota de montanhismo expluda em pleno ar. Passei a porta detectora de metais enquanto faziam uma ressonância magnética à minha mochila. Do outro lado um zeloso senhor da segurança dormia calmamente em frente ao monitor onde a minha mochila aparecia com umas cores muito engraçadas, talvez guardando energias para quando os seus serviços fossem mesmo necessários. Claro que parti de Lisboa com a confiança que só os procedimentos de segurança nos transmitem.
Já noutro aeroporto, não me lembro se em Paris ou Varsóvia, os sinais eram bem elucidativos do que não podíamos levar no avião. Relembram-nos pacientemente que pistolas ou revólveres são interditas. Bombas claro, por muito boas que sejam as nossas intenções. Claro que não quer dizer que qualquer pessoa que leve uma bomba ou uma pistola vá desviar um avião, ou rebentar com ele. Mas por uns pagam os outros. E pronto, caso tenhamos ideias de durante o voo plantar umas alfaces ou uns tomates, ou abrir um túnel até à casa de banho, ficamos também a saber que picaretas ou sacholas são expressamente proibidas. O sinal não deixa dúvidas! Picaretas?? Sacholas?? Estavam à espera de uma excursão de mineiros? Ou de agricultores? Eu sei que a polónia é um país com uma grande percentagem de população rural, mas não será isto um exagero? Se um terrorista for desviar um avião irá tentar levar uma picareta? “Não me deixam entrar com a pistola! Mas se eu for disfarçado de camponês polaco pode ser que me deixem entrar de picareta! Vou tentar, por Ala!”. Se os avisos de proibição das bombas e pistolas já roçam o ridículo de tão óbvios, não tenho palavras para os sinais relativos aos utensílios agrícolas! Mas ok, tudo por um mundo mais seguro… ou não…
Só mais uma pergunta. Alguém percebe a finalidade dos coletes “salva vidas” (nome sarcástico) cor de laranja que são disponibilizados nos aviões? Se o avião cair o piloto vai tentar acertar no lago mais perto? E se o avião cair em água não será quase a mesma coisa que cair em terra firme? Já alguém deu uma chapa na piscina? Dói como o caraças não dói? Pois… parece-me que o avião se desfaz na mesma, e que as hipóteses de sobreviver à queda é semelhante. Ou seja, quase nenhumas. Posto isto ponho uma hipótese. Com os coletes os corpos vêm à tona da água e a procura e contagem dos cadáveres é mais fácil e dispensa buscas prolongadas com meios caros. Facilita a vida a todos. Mais sugestões?

quinta-feira, setembro 09, 2004

E por falar em Segurança ...

E o espectáculo continua... Enquanto uma ou duas unidades de patrulha da marinha batalham ferozmente em alto mar para impedir de entrar no nosso espaço territorial uma traineira com seis “rebeldes” holandeses, dão entrada perto da zona de Sagres 38.475 doses de haxixe vindos de marrocos numa embarcação piscatória, desembarcam em Vila Real de Santo António 38 emigrantes africanos clandestinos, dos quais 3 são da Al Qaeda e 2 pertencem a outro grupo islâmico radical, e 58 embarcações de pesca espanholas pescam ilegalmente nas nossas águas de norte a sul. Tudo pela segurança e pela estabilidade do país. Que não nos falte nada!

quarta-feira, setembro 08, 2004

9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1 ... Blue Velvet !!

E assim começa a vida deste blog. Deu-me para isto hoje! Podia ser pior. Hoje estou com muito sono para escrever mais que isto. Até a próxima!