Blue Velvet

sexta-feira, janeiro 28, 2005

Camorra Portuguesa

Olhando para a sociedade portuguesa, podemos nos dar por felizes por nunca termos tido entre nós grupos mafiosos organizados (que eu saiba). É obvio que existe a maçonaria, que vai dar ao mesmo. Mas é o chamado, outro nível. No entanto existem quatro personagens na nossa sociedade que sempre me deram arrepios. Tenho a certeza que se existisse uma Camorra portuguesa (se é que não existe?), eles seriam os testas de ferro da organização portuguesa.
Para mim, o Padrinho dos Padrinhos, a Kalashnikov política, a quem tudo seria (e é) permitido era sem sombra de dúvidas Mário Soares. Esse homem que tem(teve) por amigos François Miterrand, Win Kofk, Rei Hassan Marrocos, tudo bons exemplos de transparência. O Capo, fiel braço direito(ou esquerdo), que ninguém sabe donde veio e para onde vai, o que pensa, e que geralmente trata da saúde aos elementos que começam a pertubar a Sagrada Família era, obviamente, Freitas do Amaral. O filho do Padrinho, aquele que não tem jeito para ninguém e para nada, que sempre vive à custa do pai, e que quando faz merda(quase sempre) vai pedir ao pai para mandar o Freitinhas tratar do assunto só podia ser João Soares. Ele, quanto a mim é o Gillaume Depardieu português da política, com as duas pernas mas muito mais barriga. Por fim tinhamos o Tony Soprano português. Esse homem que disperta o nosso bom humor, o nosso sorriso. O elemento mais sociável do grupo, com bom coração, mas que no seu intimo é um assassino aplicável a tentar chegar à cadeira de Padrinho tem por nome Francisco Pinto Balsemão. Chico Balsemão para os amigos.
E dos candidatos a PM, a que personagens mafiosas se assemelham (não vale dizer eles próprios)?

quinta-feira, janeiro 27, 2005

No Terreno do Inimigo ...

Ontem pisei terreno inimigo. Assisti a uma batalha entre rivais, meus rivais. Ontem, fruto do acaso e da oportunidade, fui ver o derby lisboeta in loco. Tem piada assistir a um jogo desta importância completamente alheado do resultado. Mas por que raio não podem perder os dois? Mas diverti-me. Foi um bom jogo, emotivo, nem sempre bem jogado, mas com muitos e bons golos. Acho que o que fiz é quase voyerismo. Estar por dentro de um jogo de tamanha importância sem ligar patavina aos intervenientes é perverso. Ver milhares de pessoas nervosas, irrequietas, preocupadas, e nós na paz dos anjos com um sorriso sarcástico na cara. Ria-me da desgraça de uns, gozava com o azar de outros, a cada falhanço ou azelhice soltava uma gargalhada, passei o jogo a pedir a entrada do Mantorras, enfim, gozei à grande! No fim rendi-me ao jogo, que foi bem melhor do que o que estava à espera, e como acima de tudo sou um adepto de futebol, fiquei satisfeito. Pude constatar algo que já me tinha apercebido quando vejo os jogos na televisão. Aquele speaker do Benfica é chato como o caraças! Não se cala o raio do homem! E os próprios benfiquistas não lhe ligam muito. O homem canta, grita, e logo por azar o meu lugar era mesmo por baixo de uma coluna. Depois, o estádio por dentro, e cheio como estava, até é bonito. Estava mesmo lá em cima e via-se muito bem o jogo. Mas por fora aquilo é horrível. Parece uma obra por acabar. Tudo em betão, umas escadarias em cimento quase a pique para subir até ao último anel, paredes despidas, e por fim uns acessos horríveis. Se há necessidade de evacuar a zona rápidamente está tudo lixado. Tanto para entrar como para sair estive mais de 20 minutos encurralado entre facções rivais, com vontade de gritar “ Biba o Porto Carago!”. Já para não falar quando eles cantavam “SLB, SLB, SLB ... “ e chegava à parte do glorioso. É que no norte há uma versão infame um bocado diferente daquela... e pelos vistos o Sporting também a conhece. Mas eu sou um homem de paz e respeitador dos adversários. Enfim, foi um serão bem passado! E pelo menos um deles perdeu!

quarta-feira, janeiro 26, 2005

Para os lutadores...

i will light the match this mornin',
so i won't be alone
watch as she lies silent,
for soon light will be gone
i will stand arms outstretched,
pretend i'm free to roam
i will make my way, through,
one more day in hell...

how much difference does it make
how much difference does it make...

i will hold the candle till it burns up my arm
i'll keep takin' punches until their will grows tired
i will stare the sun down until my eyes go blind
hey i won't change direction,
and i won't change my mind

how much difference does it make
how much difference does it make..
how much difference...

i'll swallow poison,
until i grow immune
i will scream my lungs out
till it fills this room
how much difference
how much difference

how much difference does it make
how much difference does it make...

Indifference - Pearl Jam

Grande jogo

Não puxando por nenhuma das equipas acompanhei o jogo da taça entre o Sporting e o Benfica relaxado, apreciando o jogo pelo jogo. Não fiquei nada desiludido. Era bom que todos os jogos de futebol fossem assim. Bola cá, bola lá. Golos, bolas na trave, indecisão. O vencedor justo? Eram os dois, estão de parabens.
De castigo devia era ficar o João Pereira. Nunca há-de passar de um jogador mediano, mas ao menos podia ser um Desportista, não um pichote. Devia ser justo, leal. Os miúdos que lhe pedem autógrafos e fazem dele um modelo mereciam mais. O jogo não merecia que ele engana-se o arbitro e um colega de selecção que sempre foi um modelo de comportamento. Enfim, só por isso o Sporting merecia a vitória. De resto, mais uma vez, parabéns aos dois.
Ps: Mas quem fala do JP, fala do Luís Fabiano e do McCarthy e do ..., e do ..., e do ...........

As fases da conversa

No meu entender uma conversa pode ser dividida em três partes. Arranque ou início, desenvolvimento e conclusão ou travagem. Eu sei que estes termos velocipédicos não ficam grande coisa, mas se pensarem bem fazem algum sentido.
Devido à minha natureza envergonhada e observadora, o que sempre me custou numa conversa foi o seu ínicio. Quando falo com um amigo ou conhecido essas dificuldades desaparecem instantaneamente. Já sei os seus gostos, como é...conheco-o, pronto. Agora se a pessoa em questão é um desconhecido as coisas já são diferentes. Por mais que queira nos primeiros minutos falo muito pouco. Ouço falar, observo os gestos, os olhos, os tiques...tudo. Acho que tinha jeito para psicólogo ou psiquiatra. Por vezes tento não ser assim, mas não consigo. Acho que é uma maneira de me resguardar. Acho que penso mais ou menos assim: “Para quê falar muito, se depois não sentir afinidade nenhuma com a pessoa? Para depois um dia que nos encontremos novamente estar ali a fazer um frete?”. Não confundir isto com julgar uma pessoa, porque como dizem “cada qual é como cada qual”. Agora não tenho que ser simpático e ter conversas de circunstância com alguém que não me diz nada. Que só porque a conheci um dia, tenho que a cumprimentar sempre que a vir, mesmo que não tenha simpatizado com a pessoa em questão. Podem dizer que isto é uma atitude arrogante eu penso que é honesta. Se não tivesse a certeza de quem é o meu pai, pensaria que a minha mãe teria andado a dar umas voltas pelo norte da europa. Claro que se a pessoa me capta a atenção eu não fico ali no meu canto, mas também não a trato logo como se fosse uma grande amiga. No entanto até me considero um gigolo fácil. Não vou logo é para a cama nas primeiras noites. Não gosto é que estejam constantemente a falar de carros, dinheiro e roupa...................
Mas o pior, pior é quando falo com alguém que estou apaixonado. Parece que o meu sangue é gasóleo, e o meu cérebro é um motor diesel (estão a ver o porquê do arranque). Claro, que já existem motores a diesel com um arranque extremamente rápido (penso eu de que???), mas o meu é de um carro há 30 anos atrás. Lento. Tão lento. Desta minha boca só sai merda. Não dou uma para a caixa. Meto os pés pelas mãos, as mãos pelos pés. Claro que aqui já não se está a falar de ser observador porque já conheco a pessoa em questão, aqui é mesmo T-I-M-I-D-E-Z.
O período inicial passa, o coração já recuperou do choque (bom) de ver a paixão e entro no desenvolvimento. Aí já sou outro. A conversa já flui normalmente, o sentido de humor também, o nervosismo inicial desaparece como que por artes mágicas. O suor desaparece. É pouco, não pensem que é suar que nem uma fonte. Não, só eu é que sinto e me apercebo. Até que chegamos à conclusão ou travagem.
Este ultímo capitulo, já depende. Não de mim, mas das outras fases da conversa, e claro, do tempo. Se a conversa foi carinhosa, acho que a travagem tem que ser suave. Se foi animada a sua conclusão terá deixar um sorriso nos lábiso. Se foi uma seca : “Tchau , adeus e um abraço.”
Ps: Claro que com os amigos a conversa nunca é uma seca, é sempre um prazer. Por mais seca que seja.

O que acham?

Um determinado dia o José, no último ano do seminário, bombeiro nos tempos livres, ouviu a sirene a chamá-lo. Logo se dirigiu directamente para o quartel, pronto a arriscar a sua vida num fogo de proporções gigantescas (pelo menos foi o que o Comandante disse antes de partirem para a serra).
Depois de longas horas lutando insessantemente lá conseguiram levar o fogo de vencido. O dever foi cumprido. Os meios de comunicação social estavam presentes, e no fim queriam alguém que lhes explicasse o que se tinha passado. O comandante, homem abnegado mas rude no falar, foi ter com o José e pediu-lhe se ele dava a cara pela corporação. O seu primeiro instinto foi recusar. No entanto o comandante fez-lhe ver que ele era dos poucos (senão o único), que falava um português correcto. Tinha que ter em conta que iam ser vistos por milhões de portugueses, e não convinha ir para lá alguém fazer figura de urso, o que aconteceria se fosse outro qualquer a botar faladura. Perante esta explicação ele não teve outro remédio que não enfrentar as câmaras da TV.
No fim dos seus cinco minutos de fama era hora de regressar ao seminário, agradeçer a Deus o dia que tinha passado e preparar-se calmamente para dentro de poucos meses se tornar padre.
Até que passado poucos dias chega uma carta aos bombeiros destinada a ele. Uma rapariga, chamada Maria viu-o na televisão e ficou sua fã. Segundo ela não conseguia explicar o que sentia por ele, sem ser com esse famoso mito chamado “amor à primeira vista”. As cartas foram-se trocando até que se resolveram encontrar. O resultado foi avassalador. O José deixou o seminário, juntaram-se e vivem felizes desde aí.

Escrevi este texto por duas razões. A primeira porque ontem já ultrapassamos a quota semanal de política (e todos sabemos o quão dura pode ser a mão da EU para quem as ultrapassa) neste blog. A segunda razão tem a ver com uma discussão mantida num blog amigo sobre o príncipe(esa) encantado(a). Existirá ou não? Será que nos tempos que correm estamos cada vez mais ligados ao consumo, deixando pouco espaço para o sonho? Será que o pequeno texto acima é real ou imaginário?
Deixo nas vossas mãos. Como dizia Ethan Hawk no Before Sunset (já perdi a conta às vezes que citei este filme... devo gostar...), para responder a esta pergunta têm que responder a outra anteriormente...És cinico ou romântico?

terça-feira, janeiro 25, 2005

Mais uma volta mais uma viagem

Atenção, o homem aproveitou um artigo de opinião num jornal de referência para exercer o contraditório. Resultado: A mesma sopa do debate, aquecida e a saber um bocado a queimado. Lendo a posta que o Pedro Nunes escreveu no Nónio, subscrevo-a totalmente. Ponho-me a pensar o que seria de nós se o homem estivesse no poder. Em princípio tinhamos sempre duas escolhas. Ou fazia-mos como o homem mandava, ou fazia-mos o que o homem mandava. O que aconteceria se não seguissemos a cartilha? Concerteza que nada, a nossa opinião seria tida em conta e encontrar-se-ia uma solução justa que beneficiasse todos, principalmente os mais desfavorecidos. Isto não ia ser como os E.U.A ou Israel como tão bem o Homem critíca. Era mais tipo aquele oásis socialista chamado Cuba onde raramente são cometidas injustiças e as que são é contra-espionagem feitas pelos países mencionados anteriormente (lembram-se das ferozes critícas feitas pelo homem aos assassinatos feitos por lá? Aquilo é que malhar!!! Até chorei com pena do Fidel). Por isto e por muito mais vamos lá demonstrar toda a nossa admiração e carinho pelo homem cantando bem alto, com os pulmões cheios de ar :

"O homem é nosso amigo e só quer o nosso bem!!!"

Ps: Depois disto, só vou falar acerca dos cartazes do partido do homem.É que preciso fazer a ronda por mais quatro caminhos, que felizmente não foram esquecidos.

Fazenda

Embora não soubesse bem porquê nunca fui adepto das calças de fazenda. Era só ganga. Agora que as começei a vestir por motivos profissionais descobri uma das razões... Aquele pingozinho que por vezes escapa na ida ao WC. É uma aflição.

"Queres Casar Comigo?"

Toda a gente fala da luta titânica ocorrida a semana passada entre Francisco Louçã e Paulo Portas. Aqui no BV ainda tentamos resistir, não acompanhar a novidade e a chalaça fácil, não bater no ceguinho mas era quase um crime deixar passar este assunto em branco. Ficam tão bem um para o outro, não acham? A mão esquerda e a direita. O Yin e o Yang. O pai da filha e o filho da mãe (Não somos todos? Embora uns mais que outros). Os extremos. No fundo, se algum deles tivesse nascido mulher não dúvido nada que neste momento seriam um casal feliz. Talvez por isso, é que se nota um ódio de estimação entre os dois. Claro que ajuda o facto de se situarem, em termos políticos em polos exactamente opostos (será?), mas no fundo, no fundo os dois pensam exactamente a mesma coisa quando olham um para o outro: “ Se tivesses nascido mulher não me escapavas. Dáva-te duas palmadas nesse traseiro...Não, não, não posso pensar nisto”, ao melhor estilo Tomás Taveira, esse grande ícone dos tempos modernos. Claro que se este blog fosse pelo diz-que-disse, pelas bisbilhotices podia-mos dizer que o Portas pode substituir no pensamento acima o “...nascido...” por “...deixado a tua...”, mas isso nós não fazemos. Recusamo-nos. Quanto ao debate em si, nada que não sabia antes. O Paulinho continua a ter a mesma costela de feirante, só que com pose de estado. O Louça quer ser Limoges mas na verdade não passa de louça regional de quinta categoria. Pegando nas palavras deste último, chega-se à conclusão que caso haja referendo ao aborto só podem votar pessoas que já tiveram filhos, já que ofensa não era concerteza, porque o Louçã é adepto do diálogo, não ofende. Isto não é um pensamento homofóbico perante solteiros, homossexuais e pessoal que teve que abortar de urgência? Eu vou cair na repetição e desculpem-me a sinceridade, mas neste tempo que inclusive se fala em Dão José Policarpo para suceder ao Papa João II, porque não o Dão Francisco Louçã e toda a sua turpe de beatas? Alguém já ouviu uma pessoa mais arrogante, que transmite (tenta coitadito, mas se o ouvirem sem o efeito do haxixe aquilo soua a oco) verdades absolutas atrás de verdades absolutas, parecendo Deus a ditar a Bíblia a um qualquer profeta? E o que acham do comportamento dos discípulos (eu prefiro chamá-los de Extreme Radical Beatas)? Como é AMIGO da malta, e como dizem "Malta unida jamais será vencida.", diz-se umas piadas, goza-se com o assunto, e muda-se o circo para a próxima cidade. Imaginem o Paulinho ou outro gajo qualquer de direita a fazer uma chalaça parecida? Foda-se!!! Caia o Carmo e a Trindade. Era fascisoide, mongoloide e outros –oides que não me ocorrem agora. Quanto ao Paulinho, abstenho-me de falar mais. Não por gostar dele, simplesmente porque acho que o Louçã já o avacalhou que chegue em directo e fez com que a balança da cobiça que existe entre os dois se desequilibra-se. O Louçã que cobiçava ao Paulinho o tacho no governo, os fatos e o seu armário (principalmente, a saída) enquanto o Paulinho cobiçava o papismo, o modo descontraído e a tão propalada autoridade moral (enganava-os bens), ficou de rastos quando reparou que esta última era apenas uma máscara. O que o AMOR faz. Por vezes cega, ilude. Não sei se o amor resistirá a tamanha facada. Agora não esperem é que a pena por esta pequena tragi-comédia amorosa se transmita em voto, porque assim é que a minha mente ía ser condenada à pena perpétua por tamanha insanidade. Posso apenas dar um conselho. Já ouviram falar de um amor e uma cabana? Arrajem uma ilha no pacífico, e vão para lá os dois. Não que me pusesse a rezar para se dar outro tsumani, porque as outras pessoas não têm culpa nenhuma, simplesmente porque o país não vos merece.

segunda-feira, janeiro 24, 2005

Pede-se justiça ...

Ao miúdo indonésio que teve a feliz ideia de ter um desastre natural com a camisola da selecção portuguesa no corpo, sim, a camisola do 2º classificado do Campeonato da Europa de Futebol, planeia-se oferecer mundos e fundos. Oportunismo descarado e hipocrisia para uns, caridade justificada para outros. E ao senhor de bigode de competência duvidosa que festejou uma vitória da nossa selecção de bandeira do Brasil ás costas o que se deve fazer? Aceitam-se sugestões.

O Frio dos Jornais

Os media são cada vez mais um show off de alarvidades, exageros, manipulação, do que propriamente um meio de informação onde a nobre profissão de jornalista é levada a sério. Até acredito que haja muitos jornalistas sérios e com amor pela profissão, pela sua independência, isenção e verdade. Penso até que saberia nomear alguns. Mas os interesses dos grupos económicos a que pertencem começam a degenerar os meios de informação para reality shows de mau gosto. Só interessa o que choca, alarmar é o lema, e quando falta matéria há que fabricá-la.
Após o Tsunami da Ásia não faltou quem garantisse que Portugal era o mais provável sucessor na desgraça. Estudos que antes nunca alarmaram ninguém vêm agora colocar Portugal na rota do desastre. Portugal está de facto na rota do desastre, mas a razão não é bem essa… Desde o Tsunami da Ásia já vi inúmeras vezes pequenas notícias na televisão e jornais a anunciar que a terra tremeu em Portugal. Mas meus senhores, a Terra treme todos os dias em todo o lado, e sempre foi assim. Foi assim antes do Tsunami, antes do Homem existir, e será assim depois e para sempre. Mas há que aproveitar que o pessoal anda sensibilizado para espetar com esta não notícia. Depois acontece como no Chile a semana passada, em que uma localidade inteira fugiu em pânico porque alguém viu o mar recuar e anunciou um Tsunami. Agora é a vaga de frio. Ok, anunciem que vai estar frio, é justo, é notícia. Mas é preciso fazer reportagens imensas em que se diz para vestir mais roupa porque vai estar frio? As pessoas são assim tão estúpidas que vão de manga curta para a rua? Numa reportagem da RTP diz o senhor jornalista assim a páginas tantas:”de manhã e à noite é quando o frio se irá fazer sentir com maior intensidade”. Desculpe? Mas que exercício de lógica aristotélica maravilhoso. Este crânio conseguiu dizer o que até os ratos do campo sabem! Mas então não é sempre que isso acontece? Quer no Verão quer no Inverno é de manhã e de noite que está mais frio! E isso tem a haver com uma descoberta não muito recente, mas de elevada importância cientifica, e que se decidiu dar o nome de Sol! E assim se gastaram uns minutos jeitosos com uma reportagem completamente inútil, e ao mesmo tempo conseguiu-se alarmar as pessoas, quando a única coisa que deviam ter feito era dizer que ía estar mais frio que o normal, explicar porquê, e no máximo dar um conselho sumário para que as pessoas estejam atentas e tomem precauções. Não é preciso fazer reportagens a dizer que em 1900 e carqueja morreram não sei quantos numa vaga de frio, e depois explicar como usar um cachecol e um gorro de modo a evitar morrer de frio.
Mas a verdade é que está mesmo um frio do caraças, e eu esqueci-me do cachecol em casa…

E já que estou com a mão na massa...

Quem espera sempre alcança? ou, Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje?
Saber esperar é uma virtude ou não?
E quando nos apercebemos que os tempos próximos são complicados e trabalhosos, o comportamento deve ser tipo farol: omnipresente mas sem fazer barulho. Ou tipo ambulância: Presente e barulhento?

Pequenos Grandes Momentos

Porquê é que apenas um pequeno momento de 15 minutos me enche mais a alma e dá mais felicidade do que todos os outros momentos vividos durante um mês?

sexta-feira, janeiro 21, 2005

Carne Verde

A comida vegetariana e o culto de um modo de vida mais saudável tem ganho imensos adeptos no nosso país. E acho muito bem! Devemos comer mais saudavelmente, e a comida vegetariana oferece pratos bem bons. Eu próprio frequentei um restaurante vegetariano com alguma assiduidade perto de um sítio onde trabalhava. E gosto bastante daquelas tartes de legumes, gratinados, sopas, e outros pratos bem interessantes que se podem fazer com vegetais e outros elementos. Mas há coisas que me fazem confusão nestes restaurantes e neste mundo vegetal. Porque não assumir a vegetariandade de peito aberto. Uma atitude tipo “comemos vegetais e pronto! Não é sacrifício nenhum e não precisamos de carne para nada!”. Mas não… nesse dito restaurante havia pratos como feijoada de seitã, ou de soja, ou lá de que elemento não carnal era aquilo, e havia um dia por semana francesinha vegetariana, entre outras imitações verdes de clássicos pratos repletos do sangue das carnes vermelhas. Imaginem que eles tinham salsichas e uma espécie de enchido qualquer feitos só com elementos não animais. Confesso que a primeira vez que comi um bocado me senti enganado, burlado, ultrajado! Então estou na porcaria de um restaurante vegetariano ou não? Mas para quê? Para quê esta necessidade de imitar os pratos de carne mais emblemáticos da nossa praça? Uma tentativa de afirmação pela imitação em vez de ser pela diferença. Ou será que não percebem que uma francesinha só é boa com 4315 kcal cheias de gordura, carnes, sangue e colestrol, tal como por outro lado um gratinado de bróculos, couve flor e alho francês nunca poderá ser imitado por chouriças de sangue, fiambre e bacon com molho bechamel. Parece uma maneira estúpida de provar aos outros “nós também conseguimos comer salsichas! Sem carne!”. Salsicha é com carne e pronto! Acabou! Deixem-se de merdas. Assumam que são vegetarianos! Dá ideia que não estão seguros daquilo que estão a fazer. Parece que os vejo a comer francesinhas vegetarianas sempre augados pela verdadeira iguaria. Enfim… parece que têm medo da diferença ou procuram-na a medo para depois inflectirem e convergirem a diferença na direcção daquilo de que fugiam. Claro que depois temos os vegan, que muito pelo contrário levam a coisa tão longe que já cheira a manifesto político ou a um problema de atitude. São mais do tipo que comem vegetais como forma de luta. As alfaces são um meio e não um fim.

Finally

Depois deste pequeno atraso, a casa da música vai estar aberta ao público durante dez dias. Ao que tudo indica vão ser feitas bastantes festas temáticas e concertos. O auge da programação, vai acontecer com uma festa temática dedicada à música barroca chamada “O Espírito da Coisa”. O auditório principal vai contar com a actuação dos vencedores distritais de Karaoke, onde vão cantar temas à escolha do auditório. Esta escolha é feita enviando uma sms para o número 4444 com o título da canção que queremos que seja cantada, sendo as mais votadas distribuídas, aleatoriamente, pelos participantes. À entrada vão ser distribuídos tomates maduros bem como laranjas, alfaçes e ovos podres. No caso de não gostarem de nenhuma destas armas de arremesso, podem trazer outras de casa com a condição de não provocarem nem mortes, nem cabeças rachadas. Por isso mesmo, a couve lombarda foi um dos vegetais vetado para participar em tão grandioso momento (Desde já, o meu sentido pesar às lombardas, mas nesta festa só entra o “jet-set” vegetal. Tinham que comer muita fruta para isso um dia vir a acontecer). Embora se fale muito em fair-play, e que todos são vencedores e essas tangas assim (aquela cenas tipicamente portuguesas no qual o que interessa é participar), aqui vai existir um vencedor. Isto é, aquele que menos fruta e vegetais apanhar (a parte barroca da festa e o que lhe dá nome). Acho justo. No fur, No vegetables, No fruit equals victory.
Quanto à CM propriemente dita, envio de antemão um “bem haja”, acompanhado de um “isso não se faz”. É que ir buscar todos os estratosféricos karaokianos, e como dizem os brasileiros, montar um autentico show de bola, e de repente desaparecer por mais um tempo, é pecado. A emoção durante esta magnifica festa vai concerteza, apoderar-se da minha boca e vou salivar de satisfação durante todo o espectáculo. Nem o império Romano (nos seus melhores dias) ou os vários ministros da cultura da Somália tiveram o arcaboiço para montar tal espectáculo. É pena não poder manter essa sensação salina durante uma longa temporada de acompanhamento. Life’s a bitch, mas o que se pode fazer? É sempre melhor só ver uma vez do que nenhuma.
Dou os meus grandes elogias à CM pelo aparecimento, mas gostava de lhes pedir que o seu começo em pleno não demore mais do que demorou até aqui. Mais quatro anos de espera é aceitável, pode-se sempre dizer que são pequenos reajustamentos detectados durante esta mini-estreia, agora se for cinco anos e um dia já considero totalmente inaceitável.

quinta-feira, janeiro 20, 2005

Ministério da Felicidade

De vez em quando quando estou a ver certos filmes, sejam eles no ecrã ou na vida real, um dos actores solta sempre aquela mitica frase: “Eu só quero ser feliz!!!”. Esteja ele ao pé de outro actor, a chorar compulsivamente ou apenas com uma lágrima no canto do olho, a tentar conquistar a sua atenção e outras coisas mais. Seja a falta de amor, dinheiro, saúde, chicletes ou até a falta de tempo para ver ultimo episódio da novela das nove, existe sempre uma pequena pedra no sapato do qual achamos que toda a nossa vida depende e caso falhe é o fim do mundo. Começamos a olhar à volta e tudo está a ruir, tudo deixa de fazer sentido, chegando até a levar muitas pessoas à depressão e em casos extremos ao suicídio.Por isso é que defendo a necessidade de um novo ministério, nos próximos ciclos governamentais. É um assunto de estado, a criação do Ministério da Felicidade. O seu objectivo era ajudar todas as pessoas que se sentissem infelizes, seja em que assuntos forem e tentar minimizar os seus problemas, interagindo com todos os outros ministérios de modo a dar uma mais rápida resposta a tão grandes anseios. Além do gabinete do Ministro da Felicidade, tinham que existir muitos mais gabinetes para abranger todo o espectro de problemas. Assim de repente vejo uma placa numa porta a dizer Secretaria de Estado Para Felicidade Amorosa, outra a dizer Secretaria de Estado Para Problemas de Chapa, Secretaria de Estado para Felicidade Sexual, Secretaria de Estado para Felicidade Monetária e outra, outra...Claro que depois, para cada secretaria de estado era preciso vir por aí abaixo. Pegando, por exemplo, na Secretaria de Estado para a Felicidade Sexual era necessário criar uma Divisão de Formação Sexual, Divisão de Estudos para o Desenvolvimento do Kama-Sutra, Divisão para Problemas de Impotência e Frigidez, Divisão para Problemas Bicudos (não sei, eu resolvia o problema com um serralheiro), Divisão para A Realização de Fantasias and so on, so on. Podem-me dizer que a ideia é boa, mas que nesta altura precisamos de diminuir o clientelismo público. Concordo, mas correndo o risco de ser repetitivo, acho este ministério absolutamente necessário. E depois podem-se mudar pessoas de certos ministérios para este, ou contratar funcionários em parte time e deslocalizar certas divisões do ministério. Pegando na Divisão de Formação Sexual podia, por exemplo, passar para Bragança onde contratávamos (estou-me a bater,antecipadamente ao tacho) as formadoras que já foram artigo na TIME. Mesmo a formação pós-laboral é das 19h às 22h, não prejudicando o seu horário de trabalho principal. E claro(já me devem estar a chamar PORCO!!!), depois os formandos podem tentar aplicar tudo o que aprenderam mal a formação acabe. No fim de tudo isto só fica mesmo a faltar saber qual será o perfil a ter em conta para pôr à frente do ministério? Tem que ser alguém pouco conservador, que transmita confiança aos portugueses além de ser necessário que domine todas estas matérias. Isto é, alguém que tenha sido terrivelmente infeliz. Candidatos? Alguém que se queira candidatar ou apresentar um nome?

quarta-feira, janeiro 19, 2005

M&M's ou como o chocolate derreteu e o pássaro comeu o amendoim

Tás a sentir
Uma página de história
Um pedaço da tua glória
Que vai passar breve memória
Tamos no pico do verão mas chove
Por todo o lado
Levo uma de cada
Já tou bem aviado
Cuspo directo no caderno
Rimas saídas do inferno
Que passei à tua pala
Num tempo que pareceu eterno
Tou de cara lavada
Tenho a casa arrumada
Lembrança apagada
Duma vida quase lixada

Passeio na praia
Atacado pelos clones
São tantos iguais
Sem contar com os silicones
Olho para o céu
Mas toda a gente foi de férias
Apetece-me gritar
Até rebentar as artérias

(Respiro fundo) E lembro-me da força
(Guardo dentro do meu corpo) Espero que ela ouça

Todo o amor deste mundo
Perdido num segundo
Todo o riso transformado
Num olhar apagado
Toda a fúria de viver
Afastada do meu ser
Até que um dia acordei
E vi que estava a perder
Toda a força que cresceu
Na vida que deus me deu
A vontade de gritar bem alto:
O MEU AMOR MORREU
Todo o mundo há-de ouvir
Todo o mundo há-de sentir
Tenho a força de mil homens
Para o que há de vir

Flashback instantâneo
Prazer momentâneo
Penso e digo até
Que bate duro
No meu crânio
Toda a dor
Toda a raiva
Todo o ciúme
Toda a luta
Toda a mágoa e pesar
Toda a lágrima enxuga
Odiando como posso
Não posso encher a cabeça
Não há dinheiro
Nem vontade
Ou amor que o mereça
Não vou pensar de novo,
Vou-me pôr novo
Neste dia novo
Estreio um coração novo
Visto-me de branco
Bem alegre no meu luto
Saio para a rua
Mais contente que um puto
Acredita que custou
Mas finalmente passou
No final do dia
Foi só isto que restou

(Respiro fundo) E lembro-me da força
(Guardo dentro do meu corpo) Espero que ela ouça

Todo o amor deste mundo
Perdido num segundo
Todo o riso transformado
Num olhar apagado
Toda a fúria de viver
Afastada do meu ser
Até que um dia acordei
E vi que estava a perder
Toda a força que cresceu
Na vida que deus me deu
A vontade de gritar bem alto:
O MEU AMOR MORREU
Todo o mundo há-de ouvir
Todo o mundo há-de sentir
Tenho a força de mil homens
Para o que há de vir
Vai haver um outro alguém
Que me ame e trate bem
Vai haver um outro alguém
Que me ouça também
Vai haver um outro alguém
Que faça valer a pena
Vai haver um outro alguém
Que me cante este poema


Força (Uma Página De História) - Da Weasel

terça-feira, janeiro 18, 2005

Ninguém Gosta de Nós ... Será?

Muito surpreendentemente surgiu um estudo de opinião a dizer que os alemães se tendem a afastar de Portugal como destino de férias. Estranho, não acham? Um país tão vocacionado para o turismo, até tem uma secretaria de estado do turismo no Algarve ou coisa que o valha! Pelos vistos os alemães não é só sol e vinho verde. Razões apontadas pelo estudo para tal afastamento: pouca qualificação dos profissionais do sector, pouca animação, pouca actividade cultural, não haver ligações de comboio funcionais, e os aviões como alternativa serem muito caros, entre outras razões.
Realmente, vemos o nível de atendimento e de formação que nos proporcionam em 90% dos estabelecimentos de restauração, hotelaria e afins, e podemos ver do que eles estão a falar. Em vez de o cliente tem sempre razão, assistimos a um inovador “o mais bronco e que fizer mais barulho tem sempre razão”. Quanto aos comboios, é pena não usarem uns Michelin e galgarem por essas IP’s a fora, porque nos carris não nos levam a outro lado que não seja Lisboa, Porto, Coimbra, Braga e Faro. Devagar e bem caro. Um dinheirão para gastar no Pendular e a ligação Porto Lisboa faz-se em 3 horas! No futebol temos os falsos lentos, esses jogadores de passada larga e ar bonacheirão que parecem correr devagar e surpreendem com uma rapidez inédita, e temos agora na cena ferroviária o falso rápido que é esse expresso requintado de seu nome Pendular. O nome deve vir daquele troço entre o Porto e pouco antes de Aveiro, já que aí o comboio abana por tudo o que é lado. Tentem ir ao interior do País de comboio! Deve ser mais fácil ir de barco ou de balão… Depois quanto a animação cultural nem sei o que dizer. Nem animação cultural é só Shakespeer nem só Emanuel. Nas baixas das nossas cidades é muito fácil levantar dinheiro à meia noite tantos os bancos existentes, mas é mais fácil ser-se assaltado a seguir do que o gastar numa cerveja, num chouriço assado ou num concerto de uma banda num bar. Em qualquer cidade europeia ruma-se ao centro da cidade e tem-se uma panóplia de opções em termos de restaurantes, bares, galerias, gente, animação espontânea, vida. No Porto (que é o que conheço melhor) ruma-se ao centro e temos 3 emblemáticas salas de espectáculos separadas por menos de 500 metros, o que é bom, e quase nenhum local para fazer horas para o espectáculo ou para se discutir a peça ou o concerto que fomos ver. Em Barcelona, em Madrid, em Londres, em Berlim, em Praga, em Cracóvia, e por aí fora, vão ao centro e não querem de lá sair.
Se cada vez mais jovens portugueses se querem mandar daqui para fora, porque haveriam os alemães de querer vir para cá? Sol há em outros países do mundo… e chapéus há muitos!

A Guerra dos Cartazes I

Segundo os "piquininos" cartazes postos nessas ruas fora por José Socrates e os seus compinchas: "Agora Portugal vai ter um rumo" .
A frase embora correcta, está quanto a mim incompleta. Devia ser: "Agora Portugal vai ter um rumo...Rumo ao abismo". Pelo menos é o que eu subentendo sempre que vejo um destes cartazes.
E já agora, dava um conselho. Porque não todos os partidos utilizarem este cartaz? Só mudavam as cores e a fotografia do líder. Criavam uma central de publicidade para todos os partidos (a mesma ideia da central de informações mas aplicada ao marketing), o que fazia com que estes e o estado(nós) poupassem uns milhões de euros em gastos desnecessários. Era tipo aquelas apresentações pré-definidas do Powerpoint que desenrascam sempre que o relógio aperta. E além de tudo, não vale a pena perder tempo e dinheiro com este foclore todo porque bem vistas as coisas, independentemente da escolha o limite será sempre o abismo.


sexta-feira, janeiro 14, 2005

Silly Season

Mais uma hibernação minha, devido a forças de maior como só uma viagem e uma mudança de cidade de residência podem constituir. Eu que gostava tanto de mandar os meus palpites idiotas, as minhas observações “very silly”, suposições fantasmagóricas. E agora de repente sinto-me encurralado. Encontro-me no típico caso em que a realidade supera a ficção. Com tanta gente no país a dizer burradas, idiotices, a fazer trapalhadas e actos falhados, fugas em frente rumo ao non sense, eu perdi o rumo da minha própria estupidez e cada vez que escrevo vejo um texto grave e sério. Costuma-se chamar a aquele período de férias dos políticos e do poder judicial, que abarca principalmente Agosto, de Silly Season. Bem, o que me parece é que alguém se esqueceu de desligar o Silly Season Mode depois das férias, e desde então temos um Silly Country, com Silly Peopple, Silly Acts, Silly Institutions, Silly Life, Silly Arguments, Silly Sillyness, e agora os Silly Blogs e os Silly Creators nos quais com uma presunçosa humildade me incluo, estão completely bloody damned! Mas enquanto um silly ego sobreviver na minha pessoa, há uma esperança de poder superar a minha própria estupidez. Melhores dias virão, amigos!

O Eixo do Bem

Este foi o título menos complicado para dar a uma posta. As opções eram tantas que me deixei ir pela lógica. Podia ser “Tirem-me deste filme”, “Tudo bons rapazes”, “A quadratura insossa”, tantas que foi só fechar os olhos e tirar a rifa. O programa “Eixo do mal”que passa na excelente Sic Notícias é uma completa desilusão. Existem momentos que são irrepetiveis. Como o primeiro beijo, o segundo, o terceiro... Também estou a exagerar na comparação. É obvio que até o beijo mais ranhoso (se isso é possivel) è melhor que o programa. O problema é que não há comparação entre um suculento leitão e uma posta de pescada cozida. Mec, Rui Zink e Manuel Serrão eram, são e serão os “galácticos” do mal-dizer. Politicamente incorrectos, enreçaibiados, ferozes nas suas convicções. Pedro Mexia, Nuno Artur Silva, Daniel Oliveira e José Judice, são totalmente o oposto. Muito cordatos, polidos, muito “clean”. Não que não goste deles, ou sejam maus profissionais. Nada disso. Simplesmente não têm vocação para exercer a mui nobre arte do mal-dizer. Quanto a mim, tentava uma reunião mas com uma pequena, grande diferença. Trocava a Rita Blanco Mais Blanco Não Há pela Clara Ferreira Alves. Essa sim um talento inato, além de possuir uma magnifica presença e uma grande classe, transmite um ar de quem simplesmente se está a cagar para tudo... sem estar comprometida a pessoa ou causa alguma, apenas com o mal-dizer.

Mix-Tapes

Na pré-pré-história (não esquecer, mais uma vez, o público alvo deste blog), havia um objecto chamado cassete. Não, não é cassetete. É cassete. Caso não saibam à muito tempo atrás, quando ainda se contava a história do Príncipe Encantado antes do menino dormir, este utensílio (reparem no modo subtil de não repetir a palavra objecto (Upps!!!)) era bastante famosa. Tinha a vantagem sobre o CD de ser bastante mais pesada e tinha uma fita que servia para amarrar ladrões, para pessoal sado-maso (ou simples curiosos) que não tinha dinheiro para algemas, além de mais algumas utilizações. A desvantagem era não servir de disco voador miniatura. Servia, também, para ouvir as tão amadas melodias daquele tempo de gente R-R. Esta sigla não é o mesmo que Tecla 3 (como vêem tenho a preocupação de me pôr a par das novas tendências do calão juvenil), mas tem um significado parecido. Era o que vocês chamam hoje de pessoa duplamente rude, ou então rude-rudimentar (para dar a enfâse ao rude). Era bastante comum fazer-se na altura as chamadas mix-tapes. Gravar um cd que não tínhamos (na altura não existiam gravadores de cd’s), ou então gravar umas mix-tapes. Misturar todo o tipo de música para ouvir no carro, no walkman, dar a um amigo, a uma namorada. Tinha piada a organização que alguns faziam, dependendo a quem se destinava. Se era para mim, geralmente era ao sabor dos tempos, o que me arrebatasse nessa altura (Nirvana, Rage, de Verão, com o Sol a abrir os olhos), mas também tentava ter uma cassete por estado de humor. Uma para quando estivesse bem disposto, outra para os dias menos bons e pelo menos outra a puxar para o romantismo. Se fosse para um amigo(a) dependia dos gostos e da pessoa em si. Tentava caracterizar a pessoa através da música. Outros, na minha opinião, só ouviam bosta e eu tentava influencia-los, mas sempre com muito respeito (não vá o Bloco ficar chocado por posição tão autoritária). Quando era para uma namorada, ou alguma gata por quem eu estivesse pelo beicinho, tentava mostrar o que sentia, e o queria. Por norma era sempre utilizada a chamada gravação de ataque continuado. Tentava fazer com que o som que ela escutasse parecesse uma extensão da minha voz, que estava a falar com ela. O factor chave era as letras, fossem as músicas aceleradas ou calmas. Não fazia para impressionar, simplesmente para passar o tempo. E como ouvia bastante música (agora um bocadinho menos, infelizmente), era uma delícia relaxar e depois ter o prazer de oferecer a alguém que gostava, um presente que significava algo fosse amigo, gata, pai ou menino Jesus.

E assim Acontece. Um momento National Geographic.

quinta-feira, janeiro 13, 2005

Cinco minutos

- “Quando me podes entregar o trabalho?”
- “5m.”
Resultado: Passado 1 hora lá entregou qualquer coisita, vá lá que não disse 15m senão...

- “ Amor, demoras muito? Só faltam 15m para o filme começar, e ainda demoramos 10m a lá chegar.”
- “É só tomar banho e vestir-me. 5m.”
Resultado: O filme ficou para outro dia.

- “Ó rapaz, nós vamos para o Olaria. Demoras muito?”
- “Ó meu, ainda estou a sair de casa. Espera por mim aí que só me demoro 5m.”
Resultado: Chegou com 30m de atraso.

Conclusão: Quase sempre somos o país dos 5m. Quase sempre, porque há vezes que somos os país dos 15m. Agora que andamos sempre atrasados, andamos. Por isso deixo a balada do atraso dedicada a toda a gente que me deu grandes secas:

Atrasam-se forte fortemente
como quem me manda embora
será falta de relógio? Será alcool?
Falta de relógio não é certamente
e o alcool a esta hora não bate assim.

É talvez falta de responsabilidade
mas à pouco à poucochinho
nem um atraso dava
na quieta melancolia
dos ponteiros do relógio.

Quem se atrasa assim fortemente
com tão estranha irresponsabilidade
que bem se nota, bem se sente.
Não é falta de relógio não é alcool
é concerteza falta e responsabilidade.


Eu bem sei que não rima, mas bate certo.

Ad Eternum

Com a dificuldade que se tem hoje em arranjar um emprego, se tivesse que escolher ou me perguntassem o que queria ser quando fosse grande, já tinha uma solução. E a única solução possível, que me garantiria um emprego (eu estou a falar em emprego, não em trabalho) bem renumerado, onde o stress inerente é 0, com perspectiva de empregabilidade de 50 anos e que me dá ainda a possibilidade de enveredar pela política ou de fazer parte de um conselho de administração de uma qualquer empresa pública, era fazer parte da comissão de investigação do assassinato/morte de Sá Carneiro. Então se o governo mudar de quatro em quatro anos, não preciso de procurar mais, tenho emprego para a vida. Como é bom saber que o meu dinheiro é bem aplicado na contratação de profissionais competetentes, criteriosos, que não inventam culpados, e não se sentem pressionados pelo tempo que leva a investigação. Afinal de contas ainda agora começou. Se nos dermos conta que Sá Carneiro, e familia têem uma eternidade para saber os resultados, o que são 25 anos? Por isso continuem, com calma. Construam dois aviões iguais, separem as duas facções e metam-nas dentro dos aviões. Depois é como fazer um Cosmopolitan. Meter no shake, agitar e deixá-los cair. A segurança social agradece, o IEFP agradece, a Cessna agradece, todos nós agradecemos.

IF (SELECT Comissão[(Acidente)] FROM Comissão_Investigação)= Still_ALive
{
Put[Commissão(Acidente)]=Cessna
Run(Cessna)
SELECT Problem AS Acidente
FROM Cessna
Print(‘Devido a problemas no avião, hoje às 15h a Comissão comprovou a sua teoria.’)
Print(‘Felizmente já foram ter com Sá Carneiro contar novidades.’)
}
ELSE
{
Put[Commissão(Assassinato)]=Cessna
Run(Cessna)
SELECT Problem AS Assassinato
FROM Cessna
Print(‘Devido a uma acção de terrorismo no avião, hoje às 15h a Comissão comprovou a sua teoria.’)
Print(‘Felizmente já foram ter com Sá Carneiro contar novidades.’)
}

quarta-feira, janeiro 12, 2005

Prémios Velvet

O ano já passou e os leitores deste blog não sabem ainda, quais foram as escolhas do ano de cada um destes aveludados bloguers. Antes do mais as nossas desculpas por este atraso, mas como sabemos que as nossas escolhas vão influenciar toda uma indústria, tivemos que ponderar longamente visto o ano de 2004 não ter sido nada mau. Milhares de cartas e e-mails enviadas pelos fãs chegaram diariamente, sempre a quererem saber em primeira mão o top3 do blog . Músicos, escritores, produtoras, agentes fizeram uma pressão imensa na secreta esperança de ganharem um dos prémios Velvet. A pressão atingiu o seu pico ontem, obrigando o BV a esconder-se numa casa de uma amigas dele para os lados de bragança. Tony Soprano e os seus compinchas que vinham fazer uma visita de cortesia à Cláudia, resolveram pressionar o BV para escolher o album do Tony Bennett como melhor do ano (devem-lhe uns favores), e este lá se fez à vida (quando os conseguir ludibriar apresenta a lista dele). Assim, resistindo a ventos, marés e muitos subornos aqui vai:

Música:
1-Rejoicing in the Hands – Devendra Banhart
2-A Grand Don’t Come For Free – The Streets
3-The Futurheads – The Futurheads

Cinema:
1-Before Sunset - Richard Linklater
2-Lost in Translation – Sofia Coppola
3-Eternal Sunshine of a Spotless Mind – Michael Gondry

Livros:
1-Austerlitz – W.G.Sebald
2-Arc of Justice:
A Saga of Race, Civil Rights, and Murder in the Jazz Age – Kevin Boyle
3- The Daily Show… - Jon Stewart and writers…

Outros Prémios

Album Feminino do Ano:
Destiny Fulfilled– Destiny’s Child (Ofereceram-se as 3...não se pode considerar suborno.)

Companhia Circense do Ano:
Governo Português (Pelo 11º ano consecutivo não deram hipóteses à demais concorrência)

Avô do Ano:
J.P.Coutinho (Gosto da escrita. Pensava que era um quarentão...mas pelo visto não. Não te queiras adiantar ao tempo)

Re-descoberta Musical do Ano:
Relationship Of Command – At the Drive In (O Punk nunca foi tão inteligente. Porque não um reencontro?)

Papa e Cardeal do Ano:
Francisco Louçã e Pacheco Pereira, respectivamente (Papa mais papa não há)

Acontecimento do Ano:
Nascimento do blogue Blue Velvet

Equipa do Ano:
F.C.Porto (Eu bem tento não falar em futebol, mas o F.C.P não é um clube, carago. É uma nação)

Casal do Ano:
PSL “O choramingas aka. A vítima” + PP “O Estadista aka. Paulinho das Feiras” (Harmony ou Durex? De 6 ou de 12?)

Melhor programa de televisão:
Gato Fedorento(Palavras para quê? Toca a ir comprar DVD, ou então Coliseu 6ª. e Sábado)

Número do Ano:
3 (Em principio, número do século).

É de lembrar, que a entrega dos prémios é realizada esta noite no palácio da Bolsa. Infelizmente, eu e as destiny’s não podemos comparecer por motivos de força maior, contudo todos os outros premiados vão comparecer. Também, assim de repente, não me estou a lembrar de prémios tão conhecidos mundialmente.
Ah...já me esquecia. Este evento vai ter o alto patrocínio de Ailerons Matias.

terça-feira, janeiro 11, 2005

Imortalidade

Estava a ler o blog do meu amigo JC quando um post deixado por ele me deixou pensativo. Agostinho da Silva, um dos mais paradoxais pensadores portugueses do sec.XX (segundo o síte do Instituto Camões, após pesquisa no google), disse que para um Homem marcar a sua passagem pelo mundo devia fazer: Um filho, um livro e uma árvore. Ao que o meu colega acrescentou Brilhar.
Fiquei em pânico. Tive que rever rapidamente a minha vida e as minhas prioridades, já que como qualquer ser humano tento atingir a perfeição, o que com algumas demonstrações matemáticas é o mesmo que dizer que aspiro à imortalidade.
Muitos começam a pensar, de que serve a imortalidade? Para mim, nada. Isto é, não sei. Depende. Vamos partir do pressuposto que ao morrer atingo a imortalidade, sem pensar se é com umas fisgas, umas flechas, uma kalashenikov. Atingo-a e pronto. Também deixe-mos de lado se a atingo de raspão num braço ou numa perna, deixando-a apenas com uma pequena cicatriz, ou então atingo-a no coração, no pescoço ou cabeça, matando-a ou deixando-a em estado comatoso.
Olhando para os casos desses famosos snippers, vejo que a imortalidade só interessa às gerações futuras. O dinheiro que poupam em flores frescas, todas as semanas, para pôr na campa é astronómico. Além do que, se tiver a sorte do Jim Morrison, tenho um charro a queimar na campa todos os dias, o que era optimo. Permitia-me, assim, Brilhar eternamente, e sem a ajuda de velas.
Mas fazendo uma análise às caracteristicas que me permitirão deixar a minha marca no mundo, só ainda concretizei uma: Brilhar. Não dá para ser sempre, mas em dias de festa tento sempre Brilhar intensamente. O desastre é quando se passa às outras caracteristicas. A árvore, não sei fazer nenhuma, mas posso plantar. Assim logo ao fim da tarde este assunto fica resolvido. Passando ao livro, se não for mais nada, faz-se uma colecta dos textos deste desprezivel blog. Embora a falta de qualidade seja notória penso que nos tempos que correm qualquer pessoa publica um livro. Não me posso esqueçer é de me filiar no bloco, ou virar treinador de futebol. Quanto ao filho...é a única situação que não depende apenas de mim...gostava que fosse com ELA... se algum dia deixa-se-mos de ser apenas amigos...e ELA me visse como um filho, um livro e uma àrvore...algúem que a ama, dá-lhe atenção e serve de âncora em dias de mar tumultuoso...parece-me que vendo as coisas nesta perspectiva...tou fodido. Pelo sim, pelo não vou doar o esperma para inseminação, e aí atingo a imortalidade a triplicar. Não conheçerei os meus filhos, mas uma pessoa que aspira a imortalidade quer é atingir o objectivo. O que interessa é que os tenha. Se os conheço ou não, se foram feitos ao natural ou não, isso são pormenores...ou não?
E eu a pensar que nunca ia deixar a minha marca no mundo que me rodeia. Pensava que era mais difícil. Era tão burro, tão inocente. Para a semana já serei imortal. Viram como é fácil? A chatice é que isso me vai trazer mais responsabilidades. Vou ter que comprar uma espada, aprender artes marciais, porque atenção, o Duncan McLoud vem atrás de mim. É que : “...there’s could be only one...”

quarta-feira, janeiro 05, 2005

O Homem acrescentado

Agora que um novo ano começou, reparo que nestas festas fui influenciado por duas personagens e uma espécie animal. A primeira personagem foi o António Variações que dizia : ”Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje!”. Quanto à segunda personagem voltei-me para alguém mais próximo, o meu avô. Ele que sempre me disse: ” Transpose, não se deve estragar nada. Tantas pessoas a passarem dificuldades que temos por obrigação não ser gulosos. Isto claro está se não estivermos a falar de mulheres, porque nunca é estragação ter a oportunidade(se é que algum dia a hás-de ter) de degustar duas (ou mais) mulheres. Uma mulher pode-se partilhar, mas apenas com outra(s). ” . A espécie animal que me influenciou foram os camelos e a sua capacidade de armazenamento. Como se pode ver acima, fui influênciado por personagens com opiniões extremamente parecidas. Não sei o que pensam os camelos, mas as opiniões do Variações toda a gente sabe.
O que aconteceu é simples de contar. Tive uma(s) paixão fulminante, daquelas em que só se precisa de uma caixa de preservativos familiar e pedal para acompanhar a(s) parceira(s). Neste caso as parceiras eram fáceis de contentar, não chateavam muito e acima de tudo, queriam ser comidas. Só havia um ligeiro problema. A estadia delas em minha casa era no máximo quatro a cinco dias. Assim tive que deitar mãos à obra. Não é todos os dias que se tem esta oportunidade. Optei, para não existirem ciúmes mesquinhos e comparações de performance, só estar com as duas juntas quando elas chegaram e quando elas se foram embora. Nos outros dias eram encontros 1X1. E assim foi...comi-as como se não houvesse amanhã. A consciência doia-me só de pensar o quanto abusava delas, mas por alturas quis-me tornar no primeiro Casanova do ano de 2005, o novo sucessor do Pipi. Durou, não tanto como gostaria, mas durou. E foi sublime, não sublime-sublime, simplesmente...sublime. Especialmente ter lambido à minha preferida (isto quer se queira ou não, existe sempre a favorita) as bordas da ****. Claro que arrisquei bastante. Já era o último dia...podia apanhar doenças...mas enfim, pensei nos conselhos do meu avô e segui-os à risca.
Hoje, olhando para trás e especialmente para a merda da balança arrependo-me e tirei algumas conclusões:
-Não se pode querer ter o mesmo relacionamento que se tem entre uma mulher e uma mousse de chocolate e ou um bolo de chocolate.
-Eu não sou camelo para precisar de armazenar tanta comida.
-Elas não matem mas moem, ou neste caso, acrescentam. E neste caso foram-me acrescentados uns quatro quilos.
-O bolo de chocolate não tem nada de feminino.
Em jeito de nota de rodapé (mais um sonho conseguido), persegue os teus sonhos e traça as tuas metas. Com perseverança e espírito de sacrificio chegas lá. Olha para mim, o primeiro Casanova de 2005... da culinária.
Ps: Como agora imaginam **** = taça. Eu sei que foi a primeira coisa que vos passou pela cabeça, mas pelo sim pelo não...

Outdoor

Acho a ideia para os outdoors do PPD/PSD muito boa. Deve-se recordar de tempos a tempos quem nos governou, quem ajudou o pais a ser aquilo que é: Um país de tesos, endividado até ao tutano, onde falta educação e respeito pelo próximo.
Deixando o mal que aflige o país e voltando ao outdoor acho que existem coisas que podem ser melhoradas na distribuição espacial das personagens. Antes do mais não se pode deixar o Cavaco, é ele que joga atrás dos pontas de lança, tem mais tempo de casa, mais nome, mais experiência. É o “Oh captain my captain” do PPD/PSD. Ele tem que ficar à frente de todos os outros. Ao seu lado é obrigatório ficarem o João Manuel e o Sá Meeeéee. Ambos estiveram no governo, e ambos fugiram. Um foi para Bruxelas enganar os europeus, e o outro enganou-nos a todos quando simulou o acidente. Desculpem, o assassinato. Gasta-se dinheiro dos contribuintes, quando basta contratar um detective privado para este descobrir que o Sá está numa quinta brasileira. Pelos vistos foi emprestada pelo seu grande amigo Mário Soares. Ele encontra-se a tentar bater o record do Guinness da lua de mel mais longa com a sua Stu. Por fim nos extremos ficam o Pedro e o Balsas. Ambos chegam a PM como resultado da fuga dos dois à frente, e ambos das fraquezas fazem forças. Um chora e o outro compra.
No entanto o Cavaco não vai aparecer no cartaz, tendo que se adoptar nova táctica, restando a dúvida se esta é em rombo ou em linha. Segundo um quadro muito próximo da direcção, a situação está a ser estudada, tendo mesmo sido contactado, ontem à noite, o José Mourinho para este dar uma opinião. Como resultado PSL disse: “Não vou comentar. Nós, de algumas fraquezas fazemos forças, por isso, apesar de tudo o que vai acontecendo, vamos continuar e chegar à meta, mesmo saltando muitos obstáculos”. Só um reparo Pedro. Chegar à meta todos chegamos, resta saber é em que posição?