Blue Velvet

segunda-feira, setembro 26, 2005

Este homem é um mister


Jack Bauer

quinta-feira, setembro 22, 2005

Como correram essas férias?



Estás-te a rir de mim, não estás Fatinha? De mim e de mais uns quantos milhões mas não te rias, porque fica mal festejar quando o combate ainda está a começar, embora já tenhas ganho vantagem em dois rounds. Gostei de te ver toda luminosa e com um sorriso de orelha a orelha. Espero que tenhas feito alguns intercâmbios e trocas de experiência sobre o tema "Corrupção - Uma oportunidade de negócio para os democratas" com os teus amigos brasileiros. Gostaste da praia e da água de coco? E o que dizes daqueles meninos todos musculados que, por meia dúzia de euros, estão dispostos a perder o seu tempo e uns milhões de espermatozoides com qualquer uma, até contigo? Se não te importasses gostaria de saber é como tu conseguiste hipnotizar uns milhares de durienses, porque teve que ser hipnotismo ou então é alguma substância dissolvida semanalmente na água, ou no ar. Defendem-te com unhas e dentes, e aí de quem não concordar com eles. É logo um filho da puta, um corno, um comunista. Não quero acreditar que estas pessoas vivam na realidade, não quero acreditar que vão votar em ti. Não é por ti, porque não me causas nenhuma espécie e estimo bem que te fodas. É por mim e por outros milhões que embora tenham uma atitude positiva perante a sociedade e tudo que nos rodeia, ao verem o teu caso, o do Valentim, do Isaltino, do Ferreira Torres perdem as esperanças no seu futuro e no do país. Porque caso tu sejas reeleita fica claro que o problema não é o défice, não é o pouco investimento do estado, a educação, é uma coisa muito mais grave, a puta da mentalidade. Seguiremos sempre o caminho mais fácil, mostrando aos nossos filhos que os bons exemplos são aqueles que roubam, corrompem e se deixam corremper, tal e qual tu. Caga para os outros e pensa somente em ti. Fode os outros desde que eles não te consigam foder a ti. Para mim, que nasci após revolução são estes valores que esses grande lutadores da liberdade, como tu, deixaram. Aquilo que atravessa transversalmente a nossa sociedade, a cunha, a palmadinha nas costas e o desinteresse pelo bem comum. São estes valores que vão a votos daqui a umas semanas, não apenas a presidência de uma câmara ou de uma junta. Talvez nos dêem esperanças, talvez não. Sinceramente gostava que tu e os teus compinchas se fodessem, mas caso isso não aconteça, sou gajo para pedir um referendo onde a pergunta seria : "Concorda que os concelhos de Felgueiras, Amarante, Gondomar e Loures passem a estados independentes?". Caso digam que dá muito trabalho, opto pela solução mais fácil, imigrar.
Fica bem miuda, e espero ver-te novamente, daqui a uns meses, em fuga para o Brasil.

quarta-feira, setembro 21, 2005

Amores

Existem pessoas que têm assuntos tabu. Não falam deles, não conseguem brincar com eles, e ficam terrivelmente ofendidos quando alguém o faz. No meu caso quando o assunto é amor eu embora consiga falar, tenho muito dificuldade em escrever... Desculpem, escrever nem por isso, é mais tornar público aos meus estimados clientes os meus textos. Embora escreva sempre a pensar em alguém, na hora de os postar nunca tenho coragem. Além de todo o mel inerente, mas que de vez em quando faz bem para equilibrar os níveis a quem tem pouco açucar no sangue, quando os leio nunca fazem juz à pessoa em que foram inspirados e por isso o seu destino é sempre o fim do bloco para daqui a uns anos quando os encontrar por casualidade, me rir à força toda ou chorar por ter deixado escapar A TAL. Também devido a isso é que de quando em vez existem uns hiatos neste blogue. Basicamente após dez segundos de ter estado com ELA só consigo escrever cartas para ELA ou acerca DELA ou inspirados NELA não conseguindo pensar em mais nada. Fico autista durante uns tempos, só aquele assunto tem interesse. E como é de amor que aqui se fala, penso que ainda não falei da passagem dos Arcade Fire em Paredes de Coura. Já vi muitos concertos e ainda sendo novo e havendo a perpectiva de três grandes concertos nos três próximos meses (Festival Gente Sentada - S.M. Feira; Seu Jorge e deus - Casa da Música) tenho a certeza que vivi naquele dia 17 de Agosto o meu "Ultimo tango em Paris" com uma banda rock, o meu "Before Sunrise" num gang bang musical. A explicação, tal como o amor, é complicada. Haviam lá uns individuos estranhos, especialmente um gajo de cabelo encaracolado que de certeza não batia bem da pinha. Existiam muitos instrumentos que saltavam de mão em mão. Deslumbrei uns capacetes que serviram para fazer música. Houve porrada e um salto para a assistência. Ainda não disse, mas cantaram muit, e bem. Algumas vezes era ele, por vezes era a sua esposa e outras eram todos. Juntavam-se e gritavam a plenos pulmões Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh, Ahhhhhhhhhhhhh, Ah, Ah, Ah, Ah, Ah, Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh. E bastou isto para este concerto ficar para sempre no meu coração. Em caso de um dia morrer e caso alguém queira guardar esta minha memória é fácil. Tira-me o coração, acha o centro, faz a linha de terra, e marca o ponto (-5,o). Depois é so retirar, fazer o transplante e ter todos os cuidados básico para a memória não morrer. Alimentá-la e expô-la ao sol de vez em quando. Com especial dedicatória a ELA e a vós aqui fica uma canção DELES que eu não consigo deixar de ouvir:

Somethin' filled up
my heart with nothin',
someone told me not to cry.

But now that I'm older,
my heart's colder,
and I can see that it's a lie.

Children wake up,
hold your mistake up,
before they turn the summer into dust.

If the children don't grow up,
our bodies get bigger but our hearts get torn up.
We're just a million little god's causin rain storms turnin' every good thing to rust.

I guess we'll just have to adjust.

With my lighnin' bolts a glowin'
I can see where I am goin' to be
when the reaper he reaches and touches my hand.

With my lighnin' bolts a glowin'
I can see where I am goin’
With my lighnin' bolts a glowin'
I can see where I am go-goin’

You'd better look our below

"Wake Up" - Arcade Fire

sexta-feira, setembro 16, 2005

Devendra



O menino está de volta com Cripple Crown. Há artistas que felizmente não sabem fazer coisas más. Encantem-se.

Macacos

Eu sei que os animais são nossos amigos, mas temos que convir que devido ao facto de termos certos animais a sociedade olha para cada um de nós de forma diferente. Cães, gatos, peixes, hamsters, cágados, cobras, papagaios, a escolha é imensa e varia conforme o caracter e a personalidade do companheiro, não do dono, porque afinal esta-se a falar de amizade ou de posse?
Por isso faz sentido, e não há que ter vergonha, nem ter medo de ser olhado de soslaio, partilhar momentos de afecto em público. Não devia incomodar ninguém, mas infelizmente, existem certas pessoas, enjoadas são o que são, que se sentem incomodadas quando vêem demonstrações de carinho entre dois amigos.
Eu nunca fazia aquilo, mas não me chocou ver um primo meu à uns anos partilhar o seu fumo com o Gainsbourg, um hamster branco. Lá ia o hamster para a roda, todo zonzo mas com um sorriso e uma boa disposição contagiantes. Passavam os dois umas horas de puro gozo e divertimento que muitos casais não conseguem ter.
Mas quando o assunto se centra no homem e no seu macaco quase toda a gente acha pavoroso. Porquê? Não serão estes homens ser humanos como os outros? Não terão eles o direito de ter um amigo que esteja sempre com eles nos bons e maus momentos? A meu ver deveria ser olhado de um modo perfeitamente normal tanto aquele que vai à sua casa nasal e mostra o seu macaco a toda a gente como aquele que pega no cão e vai dar um passeio com ele ao parque e á praia. Afinal não será um crime contra a humanidade manter o animal aprisionado entre duas paredescheias de pelo, sem poder apanhar um bocado de sol e espairecer um bocado a cabeça? Tirando as óbvias diferenças, qual é o problema? Não me venham dizer que o cão é fiel, porque eu não conheço nenhum macaco que tenha abandonado o dono por gosto. O macaco é nojento? Pois... os cães até mijam cerveja e cagam chocolates...

Os protectores

“Olha para o que eu digo, não olhes para o que faço.” É uma frase bonita. Imagino que quem a diz, no fim, já sente que conquistou mais um metro quadrado lá em cima. Sabe que um dia será olhado como um exemplo para os jovens, admirado. Será alguém que tentou dar um rumo a uma ou várias almas quase perdidas mas que se endireitaram com a ajuda dos seus bons conselhos. Tentou preservar os outros num pedestal, nunca os deixando cometer nenhum erro, afastando-os de todos os males e tentações. Hossanas serão dados em sua memória e o reino dos céus será dele.
Hipócrita. Digo mais, usurpador de vida alheia, invejoso, egoista, que só pensa nele e que no fundo, no fundo só quer ser olhado com subserviência e geralmente está-se a cagar para o que significa a palavra viver. Se o mais importante é o caminho e não a chegada para quê cortar a meta sem nunca ter tido uma cãimbra, sem nunca ter dado um valente de um trambolhão, sem nunca ter feito uma viragem à direita quando a certa era à esquerda?
Imagino-os um minuto antes da máquina começar a tocar monocordicamente em que pensarão. Nas noites que passaram a ler Rimbaud e ouvir Chopin ou no dia que foram atrás de uma velhinha para lhes dar o jornal, que tinha caido sem ela se aperceber? Hipócrita.

Frase retro que virou fashion

- "Olhe que não, olhe que não..."

Opus Fashion

Quando vou na rua, passo por alguma loja de roupa e ouço: “Porqu eé que não compras uma coisa daquelas? É bonito e além do mais está na moda.”, a minha pele arrepia-se. Por mais voltas que dê à cabeça não consigo compreender os pressupostos legais, desculpem, estéticos que estão por trás de tal afirmação.
Concerteza existirá uma organização secreta chamada “Opus Fashion” onde todas essas luminárias cabeças fazem os decretos de lei, perdão, se reunem e contam as suas ideias para um mundo mais bonito, mais fashion. É um bocado estranho todos os anos serem criadas as ditas “tendências”, onde muitos tentam extrair filosóficas explicações para os ditos “conceitos”.
O ano passado o conceito era a hermeticidade, noutro ano era a naturalidade, isto é, desde que acabe em “ade” temos explicação e a turba aplaude.
Penso é que chega de atirar areia para os olhos de tão ávidos consumidores de “tendências”. Não seria mais correcto contar a verdade e simplesmente dizer : “ Este ano a malta reuniu-se para os lados de Freixo de Espada a Cinta e fomos buscar a inspiração ao Borba. Mas atenção, para a próxima estação vamos buscar a inspiração aos cogumelos.”
Assim todos os interessados em fazer carreira na moda passavam a compreender a convergência de pensamento e mesmo a compreender melhor os artistas e admirá-los ainda mais pelo sacrifício feito em prole da auto estima de milhões de pessoas. Havia no entanto um senão e esta é, para mim a razão porque esta sociedade tende a ser especialmente secreta. Ao partilharem os seus truques, arriscavam o emprego já que passavam a poder ter que lutar por um posto de “guru da moda” com vários milhões de consumidores de alcool e estupfacientes.
Está na hora de dizer basta a este cartel monopolista e dar oportunidade a, por exemplo, ao homem rude que depois de umas quantas cervejas bebidas na tasca da esquina em vez de ir para casa dar uns supapos na mulher e nos filhos, senta-se à mesa de jantar munido de papel e lápis e desenha a nova coleção Outono – Inverno. Conceito : Courato Style.

quarta-feira, setembro 14, 2005

Que assassino és?

Link

Para quem não sabe...

Foi lançado hoje uma versão beta do Google Blog Search.

Visita

Eu sei, como escreveu uma amiga minha, que nos deram olhos para ver as estrelas mas não nos deram braços para as alcançarmos. Mas tendo um terreno ao lado de casa, podemos comprar uma lata de tinta, garrida de preferência, arregaçar as mangas, e usar os braços para marcar a nossa posição na Terra. A paciência é necessária, mas nunca se sabe. A estrela pode se fartar da mesma conversa de sempre com as suas irmãs e resolver fazer uma visita. Pode ser por umas horas. Pode ser por uns dias. Pode ser para todo o sempre. Mas ao menos podemos dormir descansados. Caso queira aparecer há a certeza que não se vai enganar na morada. Isto é, a não ser que tenha miopia ou estigmatismo.

Não consigo parar de cantarolar...

(...)
Now I aint sayin she a gold digger (When I'm Need)
But she aint messin wit no broke niggaz
(She takes my money)
Now I aint sayin she a gold digger (When I'm need)
but she aint messin wit no broke niggaz
get down girl gone head get down (I gotta leave)
get down girl gone head get down (I gotta leave)
get down girl gone head get down (I gotta leave)
get down girl gone head
(...)

Gold Digger - Kanye West feat. Jamie Foxx

sexta-feira, setembro 09, 2005

Conselho para passar os momentos difíceis....



Roubado ao Post a Secret

...mas com calma meninas. O objectivo é obtenção de um momento prazeiroso, e não arranjar mais problemas. Sejam de saúde, no trabalho e principlamente com o marido.

PS: Este pequeno fato é o complemento deste como bem me lembrou a Maria nos comentários, e com o qual concordo completamente. My fault.

quinta-feira, setembro 08, 2005

Estamos a ficar velhos

Pois é, fizemos hoje um ano de experiência bloguistica. Eu e o Bv eramos colegas de trabalho e o nosso balão profissional estava quase a arrebentar. O trabalho não puxava, a rotina estava a aparecer e não sabiamos o que fazer. Pensamos em convencer as meninas e senhoras da firma a fazer uns strips para matar o tempo mas ou eram comprometidas ou casadas e essa hipótese foi posta de lado. A hipotese de recriarmos momentos da nossa história também não nos era descabido. A primeira coisa que nos saltou há mente foi esse grande embate, entre os jogadores da seleção nacional de futebol, e os jornalistas durante o caso Paula e da primeira tentativa de homicidio por meio audiovisual. O objectivo era imitar o Paulo Sousa e os outros jogadores. Arranjar uns sacos de plástico e enche-los com o líquido que o corpo humano rejeita. Também tivemos pouca sorte, devido ao facto de não existirem sacos à mão, além de ser complicado estar encher mais que um por dia. O desespero aumentava diariamente, as nossas cabeças pareciam melancias e o cabelo já começava a cair de forma dramática. Ao mesmo que tentavamos arranjar um part time dentro do trabalho enviavamos CV´s, mas era preciso esperar. Até que tivemos ideia luminosa, que apenas poucos milhões de pessoas tinham tido até então, criar um blogue. Um dia chego ao trabalho e o BV dá-me a boa nova e convida-me para seu parceiro bloguistico. Fazia sentido. A maneira de estar na vida é parecida, os gostos também, ao menos assim as oito horas de desespero davam para suportar. Por uns momentos desapareciamos daquela seca e voar era o nosso lema, sem destino, sem dono, sem restrições, para no fim após poisarmos suavemente no nosso ninho e lermos o resultado final pensar: "Se calhar o croché era melhor e mais útil.". E principalmente sempre era melhor falar dos textos que acabavam de ser escritos ou dos que desejavamos escrever do que da campanha miserável que o nosso Porto andava a fazer. Um ano passou e o Blue Velvet por cá continua. Espero que o meu parceiro de escrita se farte das loiras siloconadas e apareça mais vezes até porque se um dia se derem ao trabalho de lêr alguns textos dele não teram a mínima dificuldade em constatar que a qualidade deste blogue ressente-se sem a sua presença. Parabens ao BV, parabéns a mim e obrigado a todos que têm a paciência para aparecer por cá de quando em vez. A porta está sempre aberta e caso não tenham dinheiro para o fato com medida venham na mesma que a gente fia. Obrigado.

Conselho para passar os momentos difíceis...



Roubado ao Post a Secret

...mas só para quem pode, claro. Infelizmente tenho que encontar outras soluções mais imaginativas para ultrapassar as minhas dificuldades.

Parabéns !! 1 Ano !!

9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1… Blue Velvet!!

E assim começa a vida deste blog. Deu-me para isto hoje! Podia ser pior. Hoje estou com muito sono para escrever mais que isto. Até a próxima!

Foi assim que, faz hoje um ano, num golpe de combate ao tédio, numa tentativa de partilhar os meus pensamentos mais idiotas e (im)pertinentes, lançando o debate e permitindo um “melting pot” de opiniões, fundei o Blue Velvet. Como quem procura um companheiro de armas, arrastei o meu amigo e colega de trabalho Transpose. Passou um ano. O mundo deu muitas voltas, o meu mundo deu mais voltas ainda. Mudei de trabalho, de latitude, de país, de língua, mas o espírito Blue Velvet contínua vivo em mim. Distante no espaço, o meu contributo para este blog tem sido pequeno nos últimos meses. Espero poder voltar a este convívio insano com mais frequência.

Entretanto, ontem fez seis meses que deixei Portugal. Outra data assinalável. O regresso aproxima-se, e com ele outra fase da minha vida, sempre com o Blue Velvet ao meu lado. Têm sido 6 meses ricos em experiências novas. 6 meses valiosos para mim, para o meu futuro, para a minha pessoa. Seis meses também, arredado da contribuição frequente para o Blue Velvet, mas que o Transpose tem sabido preencher muito bem. E pronto, como não gosto muito de balanços, nem de olhar demasiado para o passado… adiante. Siga para bingo!

Proponho talvez uma ida esporádica ao baú do Blue Velvet, e recuperar alguns dos melhores textos que se escreveram aqui, quando ainda pouca gente lia estas páginas durante os seus primeiros dois ou três meses de vida. Se o Transpose concordar, na próxima semana re-publicaremos alguns dos textos mais significativos do último ano. Os mais intemporais e insanos, que não se alimentando de circunstâncias do momento, sobrevivam ao tempo com o mesmo espírito e pertinência.

PARABÉNS BV!!

O Batatas não pára

À alguns meses atrás descobri um blogue chamado Group Hug. Deliciou-me imediatamente porque gostei do conceito do anonimato onde o utilizador faz uma confissão de uma forma totalmente anónima e ela fica disponível aos olhos de todos. E as confissões são de todos os quadrantes, chegando algumas delas a ser bastante "pesadas" especialmente quando focam traumas e dificuldades porque muitas pessoas passam. Por vezes custa ler, mas o mundo não é côr de rosa e toda gente em algum momento passa por dificuldades.
Isto tudo para dar os parabéns a mais uma iniciativa do batatas, que criou o Confessionário. Pelo que li vai começar a funcionar em pleno no começo de Outubro, mas se alguém tiver uma confissão que a queira partilhar com o mundo já o pode fazer.
Parabéns pela iniciativa e tem a certeza que um dia destes uma confissão daquelas vai ser minha. ;-)

Link

quarta-feira, setembro 07, 2005

Epileptic




Como podem ver existem excepções ao que escrevi abaixo. A novela gráfica chamada Epileptic, escrita por David B. é uma delas. Esta novela reune os livros da série onde o autor conta a sua história pessoal sobre como é crescer com um irmão mais velho que tem epilepsia, e como isso o afectou a ele e todos que o rodeiam. Toda feita a preto e branco, esta história é contada com uma candura, um arrebatamento, uma imaginação que não me deixou indiferente. Além disso foca um assunto que, em geral, ainda é desconhecido para a maioria das pessoas, a epilepsia. Não, uma pessoa com epilepsia não é louca nem um coitadinho. Eu tenho epilepsia, herdei-a do meu pai. É daquelas coisas que ninguém gosta que lhe calhe na rifa, mas o que se há-de fazer? Embora fosse dado como curado desde os quatro anos, à sete anos atrás, ela apareceu-me para dar um olá. Estava cheia de saudades minhas. Desde então, nunca mais apareceu, duvidam até que apareça mas, pelo sim pelo não, todo o santo dia, à hora de jantar, lá vai o comprimido amarelo pela garganta abaixo, pelo menos nos próximos anos. Existem cuidados que se devem ter, mas basicamente tudo se resume a um, ter uma vida regrada. Descansar as oito horas indo para a cama o mais tardar às 23h, evitar café, coca-cola, alcool e não falhar no(s) medicamento(s). Eu confesso que muitas vezes não cumpro estas regras, mas unicamente devido ao facto não ter uma epilepsia forte. Caso tivesse uma epilepsia forte como o irmão do David B., aí não falharia. E esta “vida regrada”, penso eu, é a parte mais difícil para quem é jovem, tem esta doença, mas tem aquele bichinho do querer viver e do querer experimentar, esqueçendo-se que não pode. Cumprir todas estas regras obriga um jovem nos tempos que correm a, em parte, isolar-se dos outros, quando cada vez mais o convivio é feito à noite nos bares e discotecas entre copos, mulheres bonitas e música. Além disso existe o mito, e por influência familiar ou por vergonha(???), muitas pessoas com esta doença não contam nem mesmo ao amigos mais chegados o que têm e o porquê de se preservarem mais e passarem mais tempo em casa. É uma opção, respeitável mas a meu ver errada. Penso que a epilepsia deve ser encarada perante os outros como uma gripe ou até uma herpes. Não é preciso andar com um cartaz, mas convem, pelo menos os amigos mais próximos, saberem. Pode-se dar o caso de uma crise aparecer para um chá das quatro e o retornar do limbo com a língua toda fodida durante umas semanas não é uma sensação nada agradável. Se a pessoa ao lado ao menos souber que é só abrir a boca e pôr lá um lenço... vai ajudar muito, especialmente as refeições. Simples, não?

Saloio, e não é marca de queijo

Como sabem esta casa tem por objectivo fazer uns fatos por medida para a sua clientela, e jogar conversa fora sem o objectivo de tentar enganar os clientes. Não tentamos passar por inteligentes porque basicamente não o somos, por isso a indicação aos nossos leitores de tudo que tenha a ver com cultura está fora de questão, tirando umas quantas excepções (se estiver ligado a drogas e pornografia). Nunca apanharam aquele prestador de serviços, que pensando que conquista o cliente aparentando uma coisa que não é, começa a dar bitaites de tudo e mais alguma coisa, não acertando uma?

- Então as calças, estão bem? Não quer subir as bainhas um bocadinho? 2mm?
- Não.
- Pronto, já se pode mudar.
(.....)
- Aquele quadro que tem na parede é o original?
- Aqui tudo é original, até os manequins que temos na montra. Qual é a loja que tem como manequins a Isabella Rossellini, o Kyle MacLachlan e o Dennis Hopper empalhados?
- Pensava que eram uns moldes bem feitos...
- Não senhor Doutor. Tem-nos visto ultimamente?
- Não
- Pois. Como estavam mortos para a sétima arte, contratámos um amigo nosso e ele matou-os para a vida real e pusemo-los aqui na vitrine. Dão outra vida ao estabelecimento, não acha?
- Sim. E o quadro, foi caro?
- O meu parceiro trouxe-o de casa. Enquadra-se com a decoração do tasco, não acha? Tons de azul. Mas parece que o comprou na internet por cem dolares.
- Pois. A pintura é uma cópia do Chagall, não é o original. Chama-se “The Woman with the Roses”, e é um dos meus quadros preferidos.
- Ahhhh. Mas fica bem não fica? Se quiser eu vendo-lhe por cento e cinquenta euros, moldura incluida. Atenção, o fato não está incluido. Paga à parte.
- (Ligeiro sorriso esboçado) Vou pensar nisso. Por hoje só o fato...

A Lei Oulmers?

O Charleroi, um mediano clube Belga, pôs a FIFA em tribunal. O motivo: o facto de não ter podido contar com um seu jogador Oulmers durante 8 meses devido a uma lesão contraída ao serviço da selecção Marroquina a que o jogador pertence, tendo pago os seus salários em 8 meses de lesão, e ainda custeado toda a sua recuperação. Alegações: violação das leis comunitárias da concorrência e abuso de posição dominante.

Nem de propósito, a situação é em tudo idêntica à de Nuno Valente e FC Porto. Veremos agora a posição de comentadores e opinantes da nossa imprensa, esses que crucificaram o FC Porto pela posição tomada perante a Federação Portuguesa de Futebol e o jogador Nuno Valente. Vão agora surgir os iluminados a dizer que os clubes são prejudicados pela situação vigente, que custeiam totalmente um jogador do qual não obtêm exclusividade, que custeiam paragens do jogador causadas ao serviço de outrem, que custeiam a sua recuperação, numa posição de benefícios num só sentido. Claro que o FC Porto, perfeitamente alinhado pela posição dominante nos grandes clubes da Europa, seus parceiros no G14, já há uns 3 ou 4 anos vem reclamando o alterar da situação e tentando chegar a entendimento com a Federação e com o autista e absurdo seleccionador nacional. Claro também, que tem sido fustigado pela imprensa, salvo alguns comentadores mais bem formados que lhe fizeram justiça. E claro que a posição desses iluminados há duas semanas atrás era outra, quando se falava do Nuno Valente e do FC Porto.

Vamos por partes. Existe situação idêntica ou semelhante em qualquer outra actividade económica na Europa ou no resto do mundo? Em que uma entidade usufrui de assalariados de outros indiscriminadamente nas datas em que este define previamente, e em que nenhuma contrapartida é dada ao fornecedor? E pior, que em caso de incapacidade adquirida por esse assalariado, o fornecedor ainda acarreta com os prejuízos infligidos por terceira parte? A resposta é clara: não! A UEFA e, ainda mais, a FIFA, têm comportamentos ditatoriais perante os clubes, e agem livremente sem que muitos levantem a voz. Vão inventando torneios para encher os bolsos com transmissões televisivas e sponsorização, enquanto sustentam estilos de vida principescos a uma data de privilegiados e parasitas. Isto tudo à custa de jogadores pagos a peso de ouro pelos clubes, que nada podem fazer para salvaguardar os seus investimentos e os seus bens. Aconteceu ao FC Porto com o Nuno Valente, e já não é a primeira vez. Acontece anualmente a vários clubes pelo mundo fora. E a FIFA e a UEFA continuam a encher os bolsos.

Terá sido a posição do FC Porto correcta? Dirão uns, que apesar de ser legítima a preocupação por trás da atitude tomada, esta não terá sido justa para com o jogador, nem em última instância com a Selecção Nacional, essa entidade intocável. Mas o FC Porto foi muito claro. Perante a avaliação do estado do jogador, seria arriscar a integridade e operacionalidade do jogador submete-lo aos jogos todos que se avizinham na presente temporada. Visto isso, como é lógico, foi-lhe proposto que não realizasse os de quem não lhe paga. O FC Porto não fez chantagem nem ostracizou o jogador. Tratou de tudo claramente, e conhecida a posição do jogador tratou de o colocar no mercado a tempo do fim das inscrições, assim como de providenciar um substituto. Isto é errado? Uma empresa tem um camião que não aguenta 100.000 km num ano, que é a quilometragem esperada para o ano de negócios. Ou diminui a distância anual do camião, ou troca o equipamento. Ou então, se for uma empresa falível e mal gerida, tenta aguentar o camião mais um ano, até rebentar. Mas como o FC. Porto é uma empresa bem gerida, com uma estrutura organizada e profissional, tratou de salvaguardar os seus interesses.

O futebol é uma indústria e tem que ser olhada como tal. São precisos resultados económicos. As SAD’s têm accionistas e grupos interessados que querem ver retorno nos investimentos efectuados. Não há mais benesses municipais ou fiscais para ajudar os clubes. Não há mais Euros. E isto foi um acto de gestão. Claro que se o Nuno Valente aguentar a época toda no Everton, mais a Selecção, o FC Porto vai ser criticado mais uma vez. Mas provavelmente o FC Porto estará satisfeito com um jogador que custou metade da venda do Nuno Valente, que tem 23 anos e um futuro à sua frente.

Acho que estamos perante o que pode ser a maior revolução no futebol desde o caso Bosman. Esperemos pelos próximos capítulos. Será que viremos a ter a Lei Oulmers?

segunda-feira, setembro 05, 2005

Quem sabe nunca esqueçe

Mário Soares está a provar que a velhice é um posto, e ontem quando cá veio provar um fato para uma visita ao Centro Repouso dos Ex-Forcados da Moita, disse-me que já tinha contratado duas estrelas internacionais da publicidade para o ajudarem na campanha. Posteriormente, caso obtenha a vitória, convida-los-á para continuarem a trabalhar para ele com o objectivo de passar a mensagem ao povo português com a maior clareza possível.
Pensei imediatamente que fosse esse icone chamado Edson Ataide e o seu tio Olavo mas enganei-me, em parte. Os dois primeiros nomes contratados foram os grandes Mr. A. G. Parkinson e Mr. J. S. Alzheimer. Ainda tentou contratar o Papa Bento XVI devido à grande experiência adquirida com o Papa João Paulo II nos últimos anos deste, mas ele recusou. O salário não lhe agradou, nem a operação de charme feita por Maria Barroso correu como o esperado. Ainda tentei saber o porquê de tão mal sucedida operação, mas um ligeiro serrar de dentes, entre a qual deixou escapar : " O clero na sua maioria não gosta de participar nas grandes lutas da humanidade.". Embora ainda não tenha obtido fumo branco, Marocas pensa que a junção de Edson e do seu tio à sua task-force comunicacional será feita nos próximos dias. Para isso já contactou com Luís Filipe Vieira e José Veiga de modo a que estes usem toda a sua sabedoria negocial para que as negociações sejam feitas rapidamente e todo o grupo começe a planear a estratégia "Soares é Fixo" o mais rápido possível.

sábado, setembro 03, 2005

Pergunta inocente que pode levar a resposta irada

sexta-feira, setembro 02, 2005

Fala-me a cantar

Depois de ter perdido o show dado pelo Dr. Avelino não podia deixar passar em claro o debate com os candidatos ao concelho de Gondomar. Percebi finalmente que o Major Dr. Valentim não dava peças de ouro aos árbitros e assistentes para os subornar, mas sim promover a indústria do ouro daquela região. Assim como fazia feiras de ouro e outros eventos do género. Toda a gente a culpá-lo na praça pública e o homem unicamente a tentar promover a região e a sua indústria.

Shame On Us... Shame On Us... Shame On Us...

Coisas tristes

Por estes lados não se gosta muito de falar de coisas tristes. Os clientes vêem cá para comprar uns fatos de veludo todos supimpas e não é pondo-os com a alma toda retorcida que se maximizam os lucros. À que dizer umas graçolas para os pôr bem dispostos, com vontade de gastar dinheiro e quando as piadas não aparecem, consulto a minha bíblia preferida (Anedotas de Sala – Sala, António), que está sempre na primeira gaveta , do lado esquerdo da minha secretária, e é tiro e queda.
Como a “Santa” da “Virgem” não me concretizou o desejo, apenas porque lhe fiz uma pergunta, que penso eu, tinha alguma relevância para a minha felicidade, lá vou ter que fazer um desfalque na empresa enquanto o meu sócio anda pelos States. Ainda não estou em condições psicológicas para revelar a pergunta que lhe fiz, mas logo ou amanhã eu prometo que a partilho com o mundo (E assim se aprende como fidelizar o cliente aguçando-lhe a curiosidade).
Penso é que devia adoptar um estilo para fazer o desfalque. Como dizem que o que é português é que é bom, pensei fazé-lo “à Caldeira”, mas deixei essa ideia de lado. Sim, pesou o Dr. Caldeira ter sido apanhado, mas o que me levou a abandonar a ideia foi ainda não ter um filho que pudesse ir para as revistas do social falar o quanto se orgulhava na família enquanto veste umas claças rotas e calça uns sapatos de vela (o chamado “dread da linha de Cascais”). Sendo assim, e até em honra ao BV vou fazé-lo à “good and fashionable american way” que é igual “à boa maneira portuguesa” só que está na moda. Afinal de contas quantos portugueses vemos nos canais internacionais acusados de desviar grandes quantidades de dinheiro? Podem-me dizer que nunca aparecem porque são muito bons e nunca são apanhados. Não concordo. Temos é uma polícia corru... com um coração do tamanho do mundo e que não manda ninguém para a prisão a não ser que desvie pelo menos 50 milhões de euros , enquanto os americanos é tudo à grande. Além disso esta empresa é uma multinacional, à que manter um nome ligado à luxuria, opolência e extravagância. Temos milhares de clientes estrangeiros com bastante dinheiro. Vêem desde países do G-8 como Lisboa , Funchal e Aveiro até países que entraram agora na união europeia como Sandim e Ponte da Barca. Se fossem clientes e tivessem que ir uma loja, optavam pela que um dos sócios fez um desfalque de 200 milhões de euros ou por aquela em que foram desfalcados 2 mil euros? Até é uma maneira de aliviar um bocado a minha consciência porque sei que vou roubar o amigo e os empregados de anos, mas ao mesmo tempo estou ajudá-los a todos. A empresa ganha publicidade de graça, boa ou má dizem que não importa. Estou a dar a alguns empregados o seu momento Warhol, mas antes do mais estou a arranjar mais clientes e assim uma mais rápida recuperação finaceira que poderá passar de 20 anos para 10.


Estava a dizer no ínicio que não falava de coisas tristes com a clientela, ou pelo menos tentava não falar. Não posso evitar é falar do Katrina. Já sabiam que estava a chegar, que tem uma força terrivel e que levava tudo à frente enquanto aquele olho com dimensões colossais não se fechasse. Mesmo a saber tudo isto, em vez de levarem para lá nos dias anteriores uns aviões do exército para tirarem as mulheres e crianças (não entendo como lá ficou alguma), e só deixarem os homens mais bem preparados para se aguentarem à carga, não. Ficaram os sub-nutridos e foram-se os bem preparados. Agora culpem-na. Já agora culpem o Saddam ou uma qualquer borboleta chinesa que bateu as asas ou então o coitado do marido que lhe deu uns dias sozinha para assim manterem um casamento aberto.

quinta-feira, setembro 01, 2005

Cartoon de Culto - Duckman


Hoje deu-me para os desenhos animados, e de repente lembrei-me de uns desenhos animados fabulosos que davam no Canal 2 há quase 10 anos. O culto acontecia, se não me engano, às terças e quartas pelas 23.00 ou 23.30. O nome: Duckman! As aventuras do pato politicamente incorrecto, obsceno, alucinado, preguiçoso, vicioso, e coleccionador de mais um rol de características intrigantes. Desenvolvia a sua actividade de detective de forma incompetente e displicente, apoiado no seu fiel ajudante e conselheiro, o porco Cornfed. Tinha dois filhos, Ajax e Mambo (ou 3?... um tinha duas cabeças), era viúvo, e vivia com a cunhada amarga, viciada em aparelhos caseiros de fitness, que o odiava apaixonadamente. As vozes contam com algumas colaborações interessantes, como o Jason Alexander (o George do Seinfeld) a interpretar o alucinado Duckman, ou o filho do Frank Zappa, entre outras colaborações esporádicas. Aliás, o músico não emprestava só o filho ao programa, sendo dele a música que vagueava pelos episódios e pelos genéricos. Adorava esses desenhos animados, e nunca mais ouvi falar neles. Não há reposições, não há DVDs, e nas partilhas de ficheiros nunca encontrei um mpg que fosse relativo a esta obra prima dos cartoons. Viva o Duckman! Alguém se lembra?


Se quiserem saber um pouco mais vão aqui.

Uma petição! Duckman em DVD Já!

Alguns sons de deixas inesquecíveis podem ser ouvidas aqui.

O Cidadão, a Democracia e a Liberdade

in Público, 1 de Setembro de 2005-09-01, a propósito dos 25 anos do movimento Solidariedade polaco que iniciou a queda do comunismo na Polónia e por contágio em todo o império soviético de leste:

“[...] Mas o Solidariedade foi ainda mais do que isso. Foi uma versão polaca da antiga Ágora grega, um local de encontro para todos os cidadãos, o ponto de encontro para a discussão livre sobre o nosso futuro enquanto comunidade e enquanto indivíduos, sobre toda a espécie de problemas e de soluções. Ainda não tínhamos um "Estado" livre, mas tínhamos já algo mais importante que isso: uma sociedade civil livre empenhada em discutir as condições de vida em comum dos seus membros. [...]”


Portugal tem um Estado livre… mas terá mais alguma coisa?


Será um estado democrático a condição única e suprema para se ser livre?


Teremos realmente uma democracia quando o cidadão comum se demite totalmente da participação e discussão dos destinos dessa comunidade orgânica a que pertence?


É a democracia apenas o ser-se livre, ou acarreta outras condições e responsabilidades?

Filmes de Culto III

"How happy is the blameless vestal's lot!
The world forgetting, by the world forgot.
Eternal sunshine of the spotless mind!
Each pray'r accepted, and each wish resign'd;"



Clementine: Joel, I'm not a concept. Too many guys think I'm a concept or I complete them or I'm going to make them alive, but I'm just a fucked up girl who is looking for my own peace of mind. Don't assign me yours.
Joel: I remember that speech really well.
Clementine: I had you pegged, didn't I?
Joel: You had the whole human race pegged.
Clementine: Probably.
Joel: I still thought you were going to save me. Even after that.

Mas não o pensamos todos?