Blue Velvet

quarta-feira, junho 28, 2006

Os jogos ganham-se nos detalhes

Holland has haxixe, we have Maniche.

(autor desconhecido)

sexta-feira, junho 23, 2006

Os Bandeirantes

Ser ou não ser, eis a questão! Como dizia o outro… Ou então: pôr ou não pôr. Pôr ou não pôr uma bandeira Portuguesa pendurada na janela? Ora bem, eu não ponho. Não me irrita quem põe, se bem que alguns comentários ou algumas atitudes me façam alguma comichão no sistema nervoso.
Hoje em dia parece que ou estamos ou não estamos. Ou estamos com Portugal ou não estamos com Portugal. Ou pomos ou não pomos a bandeira. Ou vemos os jogos e gritamos sempre cantares de incentivo ou então não vemos os jogos e criticamos a selecção como um cão sarnento. Este extremar de posições é um pouco idiota, principalmente para um dos países em que os cidadãos menos se identificam com a entidade abstracta chamada pátria. Faz lembrar o outro: “Se não estão connosco estão com os terroristas”. O mister, que só veio cá ver a bola, lançou o repto patriótico. O povo aderiu e fez dos chineses um povo feliz, tal foi a impressão de bandeiras ilegais. Um tipo que se diz patriota e usa uma bandeira com pagodes chineses e canta “Dos teus herejos avós” em vez do erudito “egrégios”, não só me dá vontade de rir como me dá uma imensa pena. Eu sou um grande apaixonado pelo futebol, mas tenho o discernimento de distinguir um jogo de bola de uma batalha, de não confundir o Figo com o D. Afonso Henriques. Estas pessoas que consideram que quem critica a Selecção não é Português não estará com certeza a oxigenar o cérebro nas proporções devidas. Ser um apaixonado acrítico é, acima de tudo, um mau serviço a Portugal. Eu, exactamente por gostar de Portugal, crítico aquilo que julgo estar mal, tanto no futebol como em tudo o resto. Faço-o por amor, por julgar sempre que podemos ser melhores. Estas guerras patrióticas contra os críticos hereges (ou será herejos?) que se travam nos jornais é absurda, ridícula e perigosa.
Vi agora que o último defensor de um patriotismo incondicional foi o cada vez mais estapafúrdio Manuel Alegre. Como é que um homem que é de esquerda se deixou levar para os caminhos do populismo e do patriotismo rafeiro tão mais ao gosto de uma extrema-direita? Como é que um homem que se destacou exactamente pelo seu espírito crítico, pela sua luta por um Portugal diferente, pela sua crítica e intervenção, vem agora reclamar um estado vegetativo acrítico no que à Selecção Nacional diz respeito? E pior! Considerar um crítico um não Português!
É claro que daqui por um mês, qualquer que seja o resultado de Portugal no Mundial, toda a gente volta a usar expressões como “Isto só mesmo em Portugal” ou o depreciativo “É mesmo à Português”. Daqui por um mês já toda a gente volta a pensar em maneiras de fugir aos impostos, de arranjar baixas fraudulentas ou de safar multar, e volta-se à improdutividade voluntária, ao gasto inconsequente, ao despesismo, ao desrespeito das mais básicas leis cívicas ou ao simples ignorar do código da estrada. Onde está o patriotismo agora? Ou talvez, para um patriota das bandeiras, fugir aos impostos de bandeira às costas é um acto patriótico. Quem sabe… Pelo que tenho ouvido já nada me espanta.
Eu, cá por mim, continuarei a ter a minha forma de defender o meu país. Como um pai que ama um filho. Amá-lo e ajudá-lo a crescer, nem que para isso tenho que o castigar ou assumir uma posição mais dura. Ou então terei um filho mimado e mal criado. Penso que já fiz mais pelo meu país que muitos bandeirantes de ocasião. E sem vestir verde e vermelho. Sempre que vivi lá fora, sempre que viajei, levei um pouco do meu país. Dos costumes, da história, dos sabores, dos sons. Tive uma postura recta e coerente e esforcei-me por deixar uma imagem digna de mim e do meu país. Sem fanatismos, sem bandeira. Com atitudes, com palavras, com bom senso e com muito amor. Não fiz nada de mais. Muitos fizeram o mesmo, e muitos outros fizeram melhor. Mas fiz o que soube e o que pude. Agora, abandonar uma bandeira durante um mês numa varanda, ou sorrir aos passos em falso do meu país, quer seja em futebol quer seja noutra coisa qualquer, nunca será a minha maneira de amar o meu país. Respeito quem tem uma bandeira mas, por favor, não me chateiem!

quinta-feira, junho 22, 2006

Parece que o homem está de volta



Bonnie 'Prince' Billy está de volta. Ao que dizem mais forte que nunca. Parece que está encontrada a musica de verão para fechar uma noite de copos, não?

terça-feira, junho 20, 2006

Do you know how this beat is made in fucking London, Doc?



Sou sincero, musica de dança ou muito dançável nunca foi o meu cup of tea. Falta de jeito puro na dança e ouvido pouco treinado em pistas de dança. Sou sincero, apesar de jovem, não entro numa discoteca vai fazer uns anos (pelo menos que me lembre). Tirando um lampejo durante o ano passado, onde vivi uma paixão intensa com a M.I.A., a música dançavel não me entra. Um caso claro é o Vitalic e o seu OK Cowboy. Para mim minutos valentes de ritmo sem piadinha nenhuma. Para certos amigalhaços meus como este e este, uma das revelações do ano com grande album(penso que não estou a mentir?). Ainda tentei, mas reconheço que tenho um problema. Não consigo sentir nada. Este ano, fiquei surpreendido. Descobri a menina Lily Allen. Uns dizem que é a versão feminina dos The Streets. Eu sei é que é bastante dançavel, o ideal agora para o verão. E a nivel de letras não tem nada que nos possa fazer ir pelos ares.

Para sentirem a vibração da coisa(já andava desde o ínicio do blogue, a ver se encaixava esta frase) podem ouvir, descarregar, fazer o que quiserem com estas:

Lilly Allen - Smile
Lilly Allen - Knock Em Out
Lilly Allen - Friday Night
Lilly Allen - Everythings Just Wonderfull
Lilly Allen - LDN

Existem para aí uns videos, como o do Smile, além de umas mixtapes. É ouvir e dar opiniões.

Não, o javardolas do Gainsbourg não ressuscitou



Eu hoje não conseguiria dormir, se vos falasse na Lily e não vos falasse Prototypes. Estão a ver Cramps? Parecidos, menos rockabilly mais electro. Ponham-nos a cantar em françês e aí têm o resultado. Rock sempre abrir, que fica no ouvido logo à primeira, dançável, e em francês (espanto!!!). Como sabem, prefiro a práctica à teoria, por isso aqui fica:

Prototypes - Ici Ou Peut-Etre Demain
Prototypes - Danse Sur La Mer
Prototypes - Je Ne Te Connais Pas

Mia Kirshner - III



Deve esta musa se converter ao lesbianismo, tudo por causa da alma gémea? Se ela vê ali uma real possibilidade da sua existência, e se para ela, alma gémea representa encontrar alguém, com quem se identifica, que contribui para o seu crescimento, independentemente de ter pila ou não, então que vá em frente. Nunca se sabe as cenas dos próximos capítulos e mais vale uns beijos bem dados no episódio da semana, do que altas cenas de sexo em episódios que calhem à mesma hora do mundial. A alma gémea tem que ser encarada como espírito livre. Pode partir a qualquer momento, e não vale a pena querer prende-la junto com o papagaio. Além de mover a relação para caminhos sadomasoquistas, o bicho pode-lhe ensinar muitos palavrões, o que para uma pessoa que não os gosta de ouvir durante o acto sexual possa ser chato, caralho. Existe, no entanto, uma diferença entre a ninfeta e moi meme. Para mim, alma gémea vem sempre num embrulho diferente do meu, para ela depende. Matematicamente é muito bem visto, agora do ponto de vista socialista e do bem comum (sinceramente não entendo como uma pessoa de esquerda pode ser homossexual, mas um dia desenvolvo) tem muito que se lhe diga. No fim, já dizia o Guterres, quem tem as probabilidades mais baixas do seu lado acaba sempre a chupar no dedo. Clhop, Chlop...

Mia Kirshner - II



Mas será que se pode apreender alguma coisa do primeiro episódio? Penso que este é um episódio charneira. Um marco. Se a série fosse passada no horário dos Morangos com Açucar faria com que houvesse uma adesão maciça à literatura, pelo menos pela parte masculina da espécie. Olhando para a cena em que Jenny(Mia) fica pelo beiçinho(que lábios), constata-se que o tema(livros) e todas a afinidades relacionadas com esse tema é que a deixaram desvairada. Os gostos eram exactamente iguais, o ambiente era propicio. Quem disse que lêr não é sexy?

Mia Kirshner - I



Conhecia-a como matadora lésbica em 24, agora é uma heterosexual que, cheira-me, uumf...ummf, vai fazer todo o percurso até se tornar lésbica. Ontem já começou a perdição. A dona lá de um café começou-se a fazer a ela durante uma festa. O tema de conversa foi Literatura. Os gostos iguais, o livro da vida igual. Não é de estranhar as amassadelas na casa de banho passado cinco minutos. O que é triste é ver uma jovem, na flôr de idade, com todo este potencial descambar. Estou como o outro. Se tivesse ido para os escuteiros ainda se compreendia, agora lésbica?

O mundo L



Começou ontem na :2, L-Word. É uma série que já tinha despertado a minha atenção mas que ainda não tinha visto, devido a não possuir TVCabo. O interesse por tal seriado não se deves apenas à qualidade representativa dos seus actores. Serve, acima de tudo, como objecto de estudo para saber que trunfos, além dos óbvios, a concorrência tem. Mais uma vez a :2 mostra o que é o serviço público, e que pode contribuir para uma subida da natalidade no país. Aconselho a se estudar cada episódio, com a minúcia devida, e tentar que em cama deste país nunca se deitem apenas duas mulheres. Ao menos que um ser do sexo masculino se consiga introduzir no meio.

sexta-feira, junho 09, 2006

Eles andem ai.

"I AM continually shocked and appalled at the details people voluntarily post online about themselves.". Pois é, eles aprenderam a ler e não querem outra coisa. Logo agora que ia contar umas histórias do meu passado que envolvem espionagem secreta, pornografia e chicletes. Nã. Fica para a próxima. Imaginem daqui a uns anos Portugal perdidinho e pedirem-me se podia candidatar-me a primeiro ministro. For God's Sake. Ter que aguentar o 24 horas por causa de uma chicla e um terço de Maria? Não. Ou então como em Inglaterra. "Do you ever try drugs? Some. Coffee, Tea, Wine, Chocolate. But i saw Lucy during the days of my dependency on sugar and television. I even call the Pope to send someone of Vatican. Could be one of those images of Virgen Mary like the ones appearing in Colombia. Howww. Later a priest proved me i was wrong. It was Lucy Liu in Charlie Angels. They mess with my head completely. I take the sugar for the rush and then turn on the TV to cool down. My eyes almost pop up from my skull. Howww. Crazy days". Claro que por cá, além do 24 horas havia o telejornal da TVI: "A notícia do dia é que o candidato a primeiro-ministro transpose silva durante a adolescência frequentou uma clínica para se recuperar da sua dependência ao açucar e à televisão, em especial RTP e SIC (A administração da TVI, quer avisar os seus telespectadores, que o seu canal, após anos de estudos por comissões independentes, não causa, nem nunca causou nenhuma dependência fisica, nem psicológica). Foi também descoberto que frequentou diversos psicólogos entre os 15 e os 27 anos para debelar os constantes problemas no pulso esquerdo. Mas para já vamos falar sobre o recem-adolescente que matou a avó à facada". Só na presença do meu advogado. Vou ver se arranjo um.

Destroyer



Esta pérola, chamada Destroyer´s Rubies, é o último album do projecto Destroyer de Dan Bejar. Depois do ano passado me ter apaixonado perdidamente pelo Twin Cinema dos New Pornographers, quis descobrir o que as cabeçinhas daquele colectivo faziam a solo, se é que faziam alguma coisa. Uma dessas cabeças é o Dan Bejar que lançou este album à uns três meses atrás. Dizer que o album "it's the absinthe-drunk projectionist reveling in the sheer hedonism of it all" era demais para esta moina. Mas posso assegurar, que vai figurar em muita lista dos melhores do ano, quando chegar o tempo de contar as munições. Mas para não dizerem que sou um mentiroso, podem ir aqui confirmar e depois digam qualquer coisa. Se errar pago uma cerveja. Se acertar pagam vocês.

Como sei que o ciganito gosta, uma pequena, mas mesmo muito pequena entrevista onde se fala de dois cromos que a malta adora. David Berman e Will Oldham em experiência teatral. Devia ser engraçado, lá estar.

quinta-feira, junho 08, 2006

Situation leclerq



Os Situation lecrerq, são uma banda de Hamburgo, que tocam um pop-rock com influência electro, punk, new wave. Como não sou médico legista para dissecar bandas, nem é um assunto que gosto ou domino, vão ao MySpace e já podem ver o que estes meninos e os outros pensam deles. O que posso dizer é que tem umas músicas muito contagiantes, bastante alegres, que ficam sempre bem com os calções da moda, a t-shirt, os chinelos de meter no dedo (ou xanatas caso prefiram) e todo este calor que nos assola. Tanto o site como o MySpace têm umas musicas para pôr a vossa boca a salivar. Se não conseguirem carregar no botão do lado direito e salvar link como... é ir a um dos sítios do costume.

Link

quarta-feira, junho 07, 2006

Amarelo

Penso que uma pessoa que não gosta de futebol, não sendo má pessoa, não é boa pessoa. Parafraseando, não é uma boa, boa pessoa. Também não é uma má pessoa. É assim-assim. Mas também, nem todos podem ser bem temperados, são necessários os insossos, senão o que comeriam os canibais diabéticos numa noite de filme – B? O que seria se todos gostassem do amarelo? Boring!!! Boring!!!
Podemos tomar como exemplo o alemão que pôs o anúncio na net à procura de alguém que quisesse ser comido. Nunca ninguém especificou se ele, por acaso, se armou em esquisito, pondo algumas restrições à refeição. Imaginem que, por acaso, o canibal era diabético. Fazia mais sentido, ele comer uma pessoa com o açúcar em níveis normais ou preferir um insosso. Parece que não, mas, tirando ossos, uns 30 kg de carne só para uma pessoa, ainda é bastante. Já não chega o risco que o canibal corria em parar à cadeia, ainda morrer por excesso de açúcar no sangue, era risco desnecessário. Não valia a pena. Por isso ao pôr a clausula: “ Não se come ser humano que goste de futebol”, tinha a garantia de ter uma refeição diabética e 100% segura para a sua saúde. Se não quisesse dizer a verdade acerca do item, poderia sempre inventar. “Ai não quero amantes do desporto-rei porque não gosto”. “Gosto tanto de futebol, que preciso de alguém que não goste para não criar laços emocionais. Posso tremer a cortar a aorta”. Evitava dizer a verdade, não ferindo a susceptibilidade da pessoa em questão. Afinal ia ser comido e ia, para que ir com alguma amargura no coração? Quando este fosse servido, estufado, acompanhado de puré e ervilhas poderia perder gosto e tudo term considerado o dono insosso. Era uma verdade que não valia a pena ser dita.

Radiohead



Devo dizer que os Radiohead de Kid A, Amnesiac e Hail to the thief não são aqueles que ouvi mil elevada ao infinito como ouvi os Radihead de The Bends e, claro, OK Computer. Mas isso não é necessariamente mau. Compreende-se que não quiseram cair sempre na mesma fórmula, decidiram experimentar coisas abordagens à sua música, quiseram sentirem-se frescos e potentes. Esperemos pelo próximo para ver o que acontece, enquanto isso aqui fica o concerto que deram no passado dia 5 em Boston no Bank of America Pavilion. Thank You Bradley.

terça-feira, junho 06, 2006

That´s hot



Atenção, atenção. Aviso à navegação. A Paris Hilton vai lançar um album. Já anda pela net uma música da menina e parece que não é . Mais uma vez prova-se por a+b que para se ser músico (oh palavra maldita) não é preciso cantar bem. É, no entanto, obrigatório ter dois palminhos de cara. Com ajuda de bisturi ou sem ele. A industria discográfica dispensa músicos e artistas. Pessoas dependentes de estados de espirito e inspiração cada vez interessam menos. Interessa-lhes é entertainers, capazes de dar 100 entrevistas, dançar sincronizados com mais 20 dançarinos e mostrar o imaculado sorriso branco para as objectivas. Tudo o resto (música e letras) é tratado pelos assalariados dos estúdios. Depois, quando se chega ao teste do algodão perante 50 mil pessoas, a sujjidade aparece. O playback funciona na televisão, mas mesmo assim já não é o que era. Enquanto isso os downloads ilegais aumentam e as editoras protestam. Coitadinhas. Logo elas que não fazem merecer por isso. That is hot.

666

A besta é muito boa pessoa mas tem uma mania que não me entusiama muito. Pensa que todos os dias é Carnaval e está-se sempre a mascarar. Não incomoda, se não existem relações de amizade, agora se estas existem é uma chatice. Ainda no outro dia tinha uma mensagem no telemóvel. Era ela a lamuriar-se e a pôr em causa a nossa amizade. Tudo porque passei por ela e não a cumprimentei. Depois do pedido de desculpas da praxe e alguma troca de informação fiz mea culpa. Não a reconheci, quando estava a sair do DN, mascarada de João César das Neves.

Dia do cão

O PSD propôs ao parlamento existir um Dia do Cão. Existir um dia onde apareça a palavra cão é de louvar, mas se me fosse permitido, eu faria umas alterações à proposta de lei. Ainda não sei porque a deputada mais bonita, que já passou pelo parlamento, Joana Amaral Dias, a seguir à Doutora Odete Santos (ninguém bate as divas do teatro), ainda não mostrou toda a sua indignação. Os outros animais são pretos? Alguns são, mas não é a cores que me refiro. Quem fez a proposta considera que o cão tem um papel relevante, de auxílio, “no combate ao tráfico de droga, como guia para cegos ou para outros cidadãos portadores de deficiência” (sic). E essas centenas de touros que entretêm marialvas e milhares de pessoas deficientes que nasceram em Portugal, dando ainda sustento a meia dúzia, também não merecem o diazito deles? Os golfinhos que estão com termo de identidade e residência no Zoo Marine e entretêm milhares de crianças em histeria colectiva, não merecem, também, o seu dia? Se calhar esses já merecem uma estátua, mas continuando... Todos os gatos por este país fora? Sim, têm a mania que são finos, não nos ligam nenhuma, mas o que dizer da quantidade de ratos anualmente exterminada. O dinheiro que já fizeram o contribuinte comum poupar em exterminadores? Já viram ter que contactar com o Arnold Schwarzenegger todo o santo mês? “Yourrrr billl sirrr serrrrr 25 euroosss!!!!”. A factura tinha que ser paga a horas, caso contrário imaginam o que poderia acontecer. Prova-se que os gatos ajudam a manter os hábitos portugueses. E quanto aos sons estridentes que amenizaram as delicadas gargantas femininas de darem. Não merecem eles um dia? É devido a verem muitos ratos diariamente que muita gente se mete na droga. O que posso dizer então do macaco. O que seria eu se não fosse um macaco. Sem eles nós não éramos nada. Já existe o dia do macaco?
Mas se querem que exista um dia do cão, porque não o dia do animal? Os cães seriam abrangidos e não seria cometida nenhuma injustiça. Como já se dizia na Arca de Noé: “Os animais são nosso amigos.”
No entanto, antes desta proposta ir a plenário, mandava ao parlamento o CNID para fazes testes à urina e os tais cães que dão um importante auxilio “no combate ao tráfico de droga” (sic). É que junto com a dos cães também vem a proposta para o Dia do Yoga.

Analogia

Após ter dado a ouvir, no último ano, a um amigo melómano, Juana Molina, Cat Power, Jolie Holland, Emmiliana Torrini, Joanna Newsom, Feist e Julie Delpy (a mais fraquinha de todas, no entanto gosto bastante desta devido ao filme), ele denotou em mim um certo gosto musical. Mulheres que fazem chorar as pedras da calçada. Fui obrigado, até porque sou um gajo crismado, a confirmar. O meu coração, tanto na vida como na música, tem uma atração especial pelas frágeis e paranóicas. Especialmente pelas frágeis e paranóicas. Se a esta fragilidade e paranoia se juntar, num assador, 50 dl. de carinha laroca, 20 dl. de mãos delicadas, e no fim levar tudo ao forno, a uma temperatura à volta dos 200ºC o resultado é inevitável. Sofrimento, vertigem e no fim o desastre. Gostar de frágeis e paranóicas tem estas vicissitudes, mas o mistério por trás destes seres continua a ser uma das minha obsessões. Por isso as ouço com tanta devoção. Não temos as chatices e as complicações da vida real. We get along. Entranto, o amigo, trouxe-me todos os cd's da Lisa Germano. Disse-me que esta não fica atrás das outras em termos de fazer chorar as pedrinhas. Espero que sim. Convém arranjar-se uma amante nova todos os três meses e a última já foi ai à uns cinco.

Fim de semana



Agora que comprei uns calções novos, conheci a Bruna e a Natália e finalmente tenho um bigode de HOME como deve ser, o ForecastFox prevê chuva para o fim de semana. A minha sorte sempre foi muito conservadora.

domingo, junho 04, 2006

Bruna e Natália

Sei que não devia estar por aqui. A esta hora, um gajo da minha idade, estar em casa é pecado. Se fosse em casa bem acompanhado, diga-mos com a Bruna e a Natália ainda se aceitava, mas mesmo assim era um bocado facho. Mas pronto, seguindo. Hoje foi dia de trabalho associativo. Isto é, ontem e hoje foi dia de trabalho associativo. Desculpem. Anteontem, ontem e hoje foi dia de trabalho associativo e estou todo roto. Feira do Livro para crianças e respectivos papás. Mas principalmente feito para elas. Livros, insufláveis, cães abandonados prontos a serem adoptados, senhora que fazia pinturas na cara, comida, bebida. Tudo para passarem um dia agradável. O dia era delas. Programas Nacionais. Tivesse o povo um bocado de boa vontade, fosse feito um esforço por todas as terrinhas, e não era preciso sermos enganados. Dê-se o exemplo. Mas custa. Não se fode. As gajas livres e desimpedidas não vão a feiras do livros para crianças. Mas pronto, é mais um dia sem actividade sexual. Tudo para o país ir para a frente. Mas o que queria mesmo dizer não é isto. Queria falar era de música. Eu sei, ultimamente falo muito de música. Falta-me minutos para transpirar. Fazer textos, longos, sem ponta por onde lhe pegue, leva-me minutos incontáveis de sofrimento. Coisa que não tenho tido. Embora também vos diga, se o tivesse era para tentar sacar a Bruna e a Natália. Falta de sexo leva um gajo a fazer coisas deseperadas. Mas retornando a linha de raciocionio. Ontem quando cheguei a casa às tantas, depois de ter deixado, com respectivos membros de direção, tudo pronto para feira do livro, ainda vim fazer o download de música (desculpem...3 segundos). Este intervalo, que durou entre as duas e meia da manhã e as quatro, saquei (e agora desculpem a linguagem) uma puta de uma música, que muito facilmente será aquela que mais ouvirei esta semana. Concerteza mês. E a correr mal, ano. Que pedaço de melodia tão bonita. Ainda não tinha ouvido nada do ARTISTA, e já andava curioso à bastante tempo, esqueçendo-me sempre desta prioridade (desculpem outra pausa...3 segundos). Também o Pedro Mexia gabá-lo como o caraças aumentava a vontade do o ouvir. O homem tem bom gosto. O Pedro Mexia. O ARTISTA nem se fala, caso contrário não lhe estaria agora a cantar hossanas. Folk pura. Uma voz, fabulosa e pungente, a acompanhar o artista. Uma cadência da guitarra acustica e da pandeireta, do caraças. E umas palminhas lá para o meio meio, disfarçadas, do caralhão (desculpem o vocabulário mas perante tanta beleza faltam-me palavras). E uma letrinha. Letra. Letrona. Tudo misturado e batido no micro-ondas leva um gajo às lágrimas. Principalmente um gajo cansado, sujo e sem a Bruna e a Natália. "He moved on , to Good knows where. He moved on..." Ah, o importante: Micah P. Hinson - The Leading Guy (já tinha dado o link para estas cinquentas músicas, mas não quero arriscar tenham deixado passar esta. Ao menos esta). Há-de sair dia 6 de junho. Agora que a boa nova foi espalhada vou fazer um chá, fumar um cigarro, tomar banho e vou para cama. Punheta só amanhã se não sacar a Natália e a Bruna.

sexta-feira, junho 02, 2006

On Repeat

Este senhor, canadiano, que é a força motora por trás dos Black Mountain lançou este ano uma preciosidade em nome próprio, de seu nome Axis of Evol. Rock que parece gravado no meio de uma herdade do alentejo com 40% à sombra. Não existe aqui grande guitarradas ou grandes acelarações ou floreados. Batidas simples, hipnóticas, negras com uma voz também ela misteriosa e alterada. Mas para análise podem ir aqui ou aqui.
O que é que no Canadá andam a tomar para tanta criatividade nos últimos tempos?

- New Drug Queens
- Rock n' Roll Fantasy
- Can You Do That Dance?

É para o menino e para a menina

Além do Stereogum, que já vos falei a semana passada, gostava de partilhar convosco mais dois blogues onde podem descobrir música nova que nasce pelos states. O primeiro é o My Old Kentucky Blog, onde todos os dias se fala de novas bandas, sendo disponibilizados os mp3 da ordem para as dar a conhecer. Neste dia, disponibilizaram covers feitas pelos Magic Numbers, Franz Ferdinand, The Streets, White Stripes a artistas como a Beyonce, Gwen Stefani ou mesmo Bloc Party (que vão dar um salto a Paredes de Coura). O outro blog é o You Ain´t no Picasso que faz o mesmo serviço público que o My Old Kentucky Blog, isto é, sempre sardinha fresquinha a sair da lota com o respectivo acompanhamento de arroz e feijão. Espero que gostem. Para a semana trago mais.